
A Companhia Nacional de Abastecimento negociou 109,2 mil toneladas de arroz da safra 2024/25 para a formação de estoques públicos. Os leilões de Contrato de Opção de Venda (COV) foram nesta quinta e sexta-feira, dias 21 e 22 de agosto, com a expectativa de adquirir até 110 mil toneladas.
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A operação foi autorizada pelos Ministérios da Fazenda, Agricultura e Desenvolvimento Agrário. A intenção é assegurar apoio ao setor em um momento de baixa de preços do cereal. O momento, na avaliação do governo, é de ampla oferta e recuperação das exportações asiáticas.
O leilão tinha três vencimentos previstos no edital publicado no Diário Oficial da União (DOU), cada um com seu preço de exercício. Para 29 de agosto de 2025, o governo ofereceu R$ 73 a saca de 50 quilos. Para 30 de setembro, R$ 73,48 a saca. E para 31 de outubro, R$ 73,95 a saca. O volume de cada contrato é de 27 toneladas.
A opção de venda garante ao detentor do contrato o direito de vender o produto na data do vencimento, a um valor pré-fixado. Se, neste momento, as condições da opção forem mais vantajosas que as de mercado, o vendedor exerce esse direito. A contraparte, neste caso, o governo, tem que adquirir o produto.
Se as condições de mercado estiverem mais vantajosas que as da opção, no momento do vencimento, o detentor do contrato pode não executá-lo e vender o produto a outro comprador. O contrato, então, se encerra, e a contraparte fica liberada de sua obrigação de compra.
Em nota, a Conab informou que participaram do leilão agricultores e cooperativas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Entre os gaúchos, 99% dos contratos foram negociados, principalmente os lotes com vencimento em outubro. Entre os catarinenses, todas as opções foram arrematadas.
No total, foram comercializados 4,044 mil contratos com vencimento em 30 de setembro e 31 de outubro. Se todos os detentores resolverem vender o arroz ao governo, o custo total estimado para a Conab será de R$ 181,1 milhões.
“Os valores de venda também estão estabelecidos conforme com os prazos de cada vencimento, acrescidos dos custos logísticos e financeiros da colheita até a entrega do produto”, informa a Conab.