Após os temporais registrados em várias regiões do Paraná no último fim de semana, o Sistema Faep, da Federação da Agricultura do Paraná, está orientando produtores e sindicatos rurais a adotarem procedimentos para minimizar os danos provocados no campo. Entre as ações apontadas estão acionar as seguradoras e negociar com instituições financeiras.
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A entidade reforça que, conforme levantamento do governo estadual, ao menos 38 municípios paranaenses registraram chuva forte e/ou granizo, com perdas em lavouras, aviários e estruturas de armazenagem. Somente no município de Itambé, no noroeste, mais de dez mil hectares de área produtiva foram danificados pelos temporais.
“O nosso produtor rural já vinha de uma situação difícil por conta dos sucessivos eventos climáticos nos últimos anos, que impactam diretamente na produção e renda no meio rural. Diante do recente acontecimento, precisamos de ações rápidas e eficientes para que os agricultores e pecuaristas possam renegociar suas dívidas”, destaca o presidente interino do Sistema Faep, Ágide Eduardo Meneguette.
Sindicatos rurais
O Sistema Faep recomenda aos sindicatos rurais que procurem as prefeituras para informar os danos ocorridos na produção agropecuária em cada município. Caso seja necessário, é importante avaliar em conjunto a necessidade de decreto de situação de emergência, além de pedir um relatório dos danos causados pelos temporais em cada município ao Núcleo Regional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Produtores
Para agricultores e pecuaristas que têm apólices vigentes de seguro e contratos do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), a entidade alerta que acionem imediatamente as seguradoras e instituições financeiras, para que os agentes possam realizar as devidas vistorias nas propriedades rurais.
O Manual de Crédito Rural do Banco Central prevê a prorrogação de dívidas de custeio em caso de desastres naturais, mas as condições precisam ser negociadas diretamente com as instituições financeiras.
Saiba-mais taboola
Para isso, o Sistema Faep reforça que o produtor precisa cumprir algumas etapas, como registrar os prejuízos na propriedade com fotos e vídeos; apresentar um laudo assinado por assistente técnico e um quadro demonstrativo da capacidade de pagamento, mostrando receitas e custos da safra; e protocolar o pedido de prorrogação, que deve ser feito em duas vias e com a manutenção de uma via assinada pelo gerente da instituição financeira. Em caso de recusa, a entrega deverá ser feita por meio de cartório de títulos e documentos.
Para auxiliar os produtores, a Faep oferece modelos de pedido de renegociação para os casos em que as instituições não têm seus próprios padrões.