O cacau e derivados estão incluídos na lista de isenções das tarifas de 40% sobre os produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, anunciada pelo governo americano na quinta-feira (20/11).
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Embora o Brasil não seja um grande exportador do fruto, o setor comemorou o fim da taxação. “É ‘superpositivo’. Abre espaço para retomar exportações, mas não é nada imediato, assim como os efeitos ruins não foram imediatos quando fomos taxados”, afirma Anna Paula Losi, presidente-executiva da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC).
Em 2024, o Brasil exportou 130 toneladas de amêndoas, 50 mil toneladas de derivados de cacau e 34 mil toneladas de chocolates, de acordo com dados da AIPC. Segundo a executiva, os Estados Unidos eram responsáveis por 20% das exportações e, após o tarifaço, a queda foi sentida.
“Deixamos de ser competitivos. Não chegou a zerar a exportação porque existiam contratos feitos, mas já havia contratos futuros que não foram executados, outros foram cancelados e clientes postergaram negociações”, observa Losi.
Sem as taxas, a AIPC enxerga um 2026 “um pouco menos desafiador”, com a retomada de contratos cancelados ao longo da vigência do tarifaço.