
Empresa espera se beneficiar de sua posição de empresa brasileira com fábrica na Georgia Com um plano de expansão em andamento para os próximos cinco anos, a fabricante brasileira sediada em Pindorama (SP), as Indústrias Colombo, que produz máquinas e equipamentos, acredita que deve se beneficiar indiretamente das tarifas do governo de Donald Trump.
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A avaliação é de Leonildo Colombo Neto, diretor de operações da empresa, que disse ao Valor durante a Agrishow que a empresa tem o objetivo de dobrar seu faturamento atual até 2030. Ele não revelou números.
A empresa tem uma planta para montagem de máquinas no Estado da Geórgia, nos EUA, que exporta para o Canadá e o México. A companhia acredita que consegue expandir nos EUA seu negócio de componentes agrícolas, vendidos sob a marca Aemco, com preços mais competitivos do que suas concorrentes americanas. Segundo ele, a Colombo consegue enviar componentes para o México e o Canadá pode ser mais vantajoso, pois essas exportações se enquadram como brasileiras, mesmo saindo pela Geórgia.
O negócio representa 30% de seu faturamento. O principal negócio da companhia, que corresponde a 70% do faturamento, é o de fabricação de colheitadeiras especialmente para amendoim, café e feijão.
O executivo diz que será necessário aguardar os próximos meses para avaliar quais serão os rumos dos negócios, mas ele acredita que o tarifaço não freará a expansão da empresa para mercados emergentes na Ásia, na África e na América Latina. Este ano, a Colombo deve abrir uma representação de negócios na Zâmbia e vai buscar ampliar presença na Argentina.
A companhia também está otimista com o agronegócio argentino que, de acordo com o diretor, mostra “sinais consistentes de recuperação”. Segundo ele, isso permite ao grupo ampliar vendas nas culturas do feijão, em especial na região de Salta, e amendoim na província de Córdoba. Neste ano, a filial da Argentina comercializou duas máquinas brasileiras no país vizinho.