Com queda nos preços e excesso de chuvas em áreas agrícolas americanas, produtores podem desistir de semear o cereal A reta final do plantio de milho nos EUA enfrenta os primeiros problemas desde o início dos trabalhos em campo. Como resultado desse cenário, os preços avançaram na bolsa de Chicago. Os contratos para julho subiram 0,06% nesta quarta-feira (4/6), cotados a US$ 4,3875 o bushel.
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De acordo com a consultoria Granar, entre os fatores que motivaram o fechamento de hoje destaque para as preocupações com o fim do plantio de milho na parte leste do cinturão produtor de milho americano.
“As chuvas fortes esperadas para os próximos dias, combinadas com um negócio que se tornou menos atraente devido à recente queda nos preços, pode desencorajar muitos produtores da região de concluir seu plano inicial de plantio”, disse a consultoria Granar, em boletim.
Além disso, acrescenta a consultoria, soma-se o fato de que, com as condições das plantas piores do que as do ano passado, “os especuladores podem estar inclinados a começar a adicionar um prêmio de risco climático aos preços”.
Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), do total de milho semeado no país, 69% estão com boas e excelentes condições. No ano passado, o percentual era de 75%.
Trigo
O mercado do trigo parece ter respondido somente hoje os dados ruins para a colheita do cereal nos EUA. Os contratos para julho fecharam em alta de 1,35%, a US$ 5,4325 o bushel.
Ontem, os preços caíram mesmo com o Departamento de Agricultura americano (USDA) mostrando um atraso na colheita de trigo de inverno no país. O departamento disse que 3% da área foi recolhida, com um atraso em relação aos 5% do ano passado, e em linha com a média plurianual (5%).
Soja
A soja avançou em Chicago pautada por ajustes técnicos. Os lotes com vencimento em julho subiram 0,41%, a US$ 10,45 o bushel.