
Enquanto a safra de soja americana segue sem maiores problemas, e a demanda pelo grão do país não mostra sinais de reação, os preços seguem em queda livre na bolsa de Chicago. Os contratos com entrega para setembro caíram 0,30% nesta terça-feira (29/7), a US$ 9,8950 o bushel, a sétima baixa consecutiva no pregão.
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As notícias sobre a safra americana 2025/26 são cada vez mais otimistas. As chuvas e temperaturas devem ficar dentro da média pelos próximos dez dias. Além disso, a condição das lavouras melhorou. Segundo o Departamento de Agricultura americano (USDA), o índice de plantas em boas e excelentes condições subiu de 68% para 70% na última semana.
Mas se as indicações sobre a oferta são otimistas, o mesmo não se pode dizer sobre a demanda de soja dos Estados Unidos. Para a T&F Consultoria Agroeconômica, a procura em baixa também deve manter a cotação nessa tendência de queda.
“O desinteresse da China pela soja americana e a ausência de compras significativas levantam dúvidas sobre a janela de exportação americana. Essa combinação de boa oferta e fraca demanda externa mantém a pressão sobre os preços em Chicago, apesar da recente volatilidade do dólar”, disse a T&F, em boletim.
Trigo
O trigo se desvalorizou na bolsa de Chicago em meio ao avanço da safra americana. Os contratos para setembro tiveram queda de 1,62%, cotados a US$ 5,2975 o bushel.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse que a colheita de trigo de inverno no país alcançou 80% da área. Os trabalhos estão ligeiramente atrasados na comparação com os 81% colhidos na mesma época do ano passado. Por outro lado, a colheita ganhou ritmo nessa reta final, já que o atraso já chegou a 15 pontos percentuais.
Milho
Por fim, no mercado do milho, os lotes para dezembro, os mais negociados, fecharam em baixa de 0,72%, a US$ 4,11 o bushel.
O cereal também sofre pressão das condições amplamente favoráveis para a safra americana em 2025/26