A Cibra, empresa brasileira de fertilizantes, anunciou uma parceria com o Cubo Agro, iniciativa do Cubo Itaú voltada ao desenvolvimento de startups do agronegócio, para se tornar uma das mantenedoras do hub de inovação que conecta agtechs às grandes corporações.
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Criada há cerca de cinco anos na Cibra, a área de inovação é liderada pelo executivo Rafael França. O diretor revelou que a Cibra passa a ser mantenedora na mais alta categoria da vertical agro do Cubo, ao lado de Itaú BBA, CNH Industrial, Corteva, São Martinho e Suzano.
Para 2026, o objetivo da empresa brasileira é aportar em pelo menos quatro startups. As áreas de maior interesse são de alimentação vegetal, que envolvam biofertilizantes e bioestimulantes. “Formas de potencializar o uso de fertilizantes atuais”, resume França.
Além disso, o executivo destaca startups que tragam ganhos imediatos de eficiência na parte industrial, logística e digital, além de fintechs que possam aproximar os clientes da Cibra da cadeia de financiamento. Em 2024, as mais de 500 startups do Cubo, incluindo todos os setores, faturaram R$ 10 bilhões, 40% a mais que em 2023.
Rafael França, diretor de inovação da Cibra
Cibra
Os negócios devem ser feitos no modelo “venture client”, uma estratégia que a empresa atua como um cliente inicial da agtech para testar seus serviços em troca de participação na sociedade.
“Primeiro, contratamos uma startup para trabalhar conosco. Depois, nos tornamos o principal cliente dela, ajudando a se desenvolver, quase como uma aceleração” explica França.
Segundo ele, o modelo não demanda investimento direto de capital, mas permite que a startup acesse um mercado ao qual ela normalmente não teria acesso, mas a Cibra tem. “Assim, conseguimos mitigar o risco de capital em um momento de juros altos”, conclui o executivo.
Entre 2022 e 2024, a Cibra investiu pouco mais de R$ 1 milhão nos produtos de inovação, como a CibraStore, marketplace de vendas de fertilizantes e o Jarilo, rede social baseada em inteligência artificial voltada exclusivamente para produtores rurais, que funciona como um “fórum” de perguntas.
Com uma nova equipe dedicada para operar dentro do Cubo, a Cibra espera unificar forças com empresas parceiras de máquinas, silvicultura, e outras áreas para gerar influência no mercado. “Vamos desenvolver projetos em conjunto e dar tração às startups que fazem parte do Cubo”.
Para Filipe Guimarães, diretor de relacionamento com corporações e experiência do Cubo Itaú, a chegada da Cibra representa uma expansão importante da comunidade agro. “São conexões estratégicas que trazem novas oportunidades para startups que buscam aplicar tecnologia no campo, com acesso à expertise de uma companhia consolidada”.