Chuvas isoladas, calor intenso e ventos fortes marcam previsão para o Ceará após feriado de Corpus Christi

Após as pancadas de chuva registradas em Fortaleza e em cidades da Região Metropolitana na noite do feriado de Corpus Christi, o Ceará deve enfrentar nos próximos dias um cenário de cobertura variável de nuvens, calor intenso e ventos fortes. A previsão foi divulgada pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), que aponta máximas de até 35°C, especialmente durante as tardes no interior do estado, além de ventos com velocidades entre 45 e 50 km/h.

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As chuvas devem ocorrer de forma pontual e isolada, com maior probabilidade entre a noite desta quinta-feira (19) e a madrugada de sexta-feira (20), principalmente no litoral. A tendência, segundo a Funceme, é que o período que se segue à quadra chuvosa mantenha o padrão de calor elevado, típico do pós-estação chuvosa no semiárido nordestino.

Quadra chuvosa

A quadra chuvosa de 2025 chegou ao fim com um índice regular no que diz respeito ao armazenamento hídrico: o estado acumula 55% de sua capacidade total nos 157 reservatórios estratégicos monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o equivalente a cerca de 10,2 bilhões de metros cúbicos de água. Apesar de o percentual ser semelhante ao registrado no mesmo período do ano passado, o volume de chuvas efetivamente captado pelos mananciais foi inferior neste ano — foram 5,87 bilhões de metros cúbicos em 2025.

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Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18), o secretário dos Recursos Hídricos, Fernando Santana, destacou que a gestão integrada tem sido fundamental para garantir o abastecimento em todas as regiões do estado. “Trabalhamos de forma conjunta com órgãos como Cagece, Cogerh, Sohidra, Sisar e Defesa Civil para assegurar o abastecimento. Essa ação participativa, por meio dos Comitês de Bacia, permite diversificar a matriz hídrica e garantir água à população”, ressaltou.

Apesar do cenário de menor recarga em alguns reservatórios, um marco positivo foi registrado: o Açude Orós, segundo maior do estado, voltou a sangrar após 14 anos. A última vez havia sido em 2011. A sangria de 2025 foi resultado direto de chuvas localizadas na bacia de contribuição do reservatório, que conseguiram impulsionar sua recuperação mesmo em uma quadra considerada menos intensa em termos de volume geral.