
Enquanto toda costa segue com chuva, região central registra tempo extremamente seco Uma frente fria vinda do Sul do Brasil, que avança pelo oceano, causa fortes chuvas nos litorais do Paraná, de São Paulo e do sul do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (22/5). Essas áreas estão em alerta laranja de perigo para altos acumulados de chuva até 23h59 desta sexta-feira (23/5). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os volumes podem chegar a 100 milímetros, com risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios.
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O litoral do Rio de Janeiro deve registrar as maiores instabilidades durante a madrugada de sexta-feira (23/5) e todo o Estado tem previsão de chuva ao longo do dia, informa o Inmet.
Já em São Paulo, o litoral sul e a Baixada Santista são as áreas com os maiores volumes de chuva previstos, principalmente ao longo da sexta-feira. Inclusive, a grande São Paulo e algumas áreas do Vale do Paraíba podem ter o retorno das chuvas, mas sem tanta força.
Somente no sábado (24/5), a nebulosidade vai diminuir no leste de São Paulo e o sol volta a aparecer, de acordo com o boletim da Climatempo.
A condição de chuva nessas áreas se estende durante toda a sexta-feira e deve atingir outras regiões, como Santa Catarina, incluindo a capital Florianópolis, mas com grau de intensidade menor. Os volumes devem variar entre 30 e 50 milímetros.
Também são previstos altos acumulados de chuva no litoral de Sergipe, Alagoas e Pernambuco, com volumes por volta de 50 milímetros, e rajadas de vento de até 60 km/h. Segundo o Inmet, as chuvas fortes na costa do Nordeste têm acontecido por conta da água aquecida do oceano.
Outro local que segue com chuvas expressivas é a faixa norte do país, com destaque para as capitais Manaus, Boa Vista e Macapá, onde os volumes variam entre 30 milímetros e 50 milímetros. As chuvas também seguem em parte do Maranhão, onde chove seguidamente há dias.
Ar seco na região central
A “frente fria oceânica” significa que seu maior impacto será nas áreas próximas ao mar. Por isso, o interior do Brasil não vai sentir os efeitos da passagem do sistema.
Ou seja, todo o interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia, Tocantins e parte do Piauí terão a atuação persistente de uma massa de ar seco, com índices de umidade relativa do ar “extremamente baixos”, o que caracteriza mais um episódio típico da estiagem que avança sobre o país, informa a Climatempo.
Nessas áreas, a umidade deve ficar entre 21% e 30%, o que é considerado um patamar de atenção pela Organização Mundial da Saúde (OMS).