Carla Zambelli, deputada federal afastada pelo PL de São Paulo, foi presa na Itália nesta terça-feira (29). A detenção ocorreu em Roma, após um trabalho conjunto entre a Polícia Federal brasileira, autoridades italianas e a Interpol. Zambelli estava foragida desde o início de junho, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decretou sua prisão definitiva após condenação a 10 anos de reclusão no caso da invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A parlamentar foi condenada pela Primeira Turma do STF sob a acusação de contratar um hacker para cometer crimes digitais contra o Judiciário, além da inserção de documentos falsos no sistema do CNJ. A sentença incluiu, além da pena de prisão, a perda do mandato parlamentar.
>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<
Carla Zambelli é presa na Itália por ataque hacker a sistema do CNJ
Após a decisão da Corte, Zambelli saiu do Brasil pela Argentina, seguiu para os Estados Unidos e depois para a Itália, país onde tem cidadania. O nome dela foi inserido na “lista vermelha” da Interpol, tornando-se procurada internacionalmente.
A localização da ex-deputada foi repassada às autoridades italianas pelo deputado Angelo Bonelli, integrante do Parlamento italiano, que informou à polícia o endereço onde Zambelli estava hospedada em Roma. Agentes italianos confirmaram a identificação da parlamentar no local.
>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<
Extradição
O Supremo havia pedido em 11 de junho, ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, a extradição da deputada. Junto ao pedido foi anexo do formulário para o pedido de extradição, onde constam todas as informações sobre a condenação da deputada.
Interpol
Dois dias atrás, em 9 de junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia de assinatura de acordo de cooperação com a Interpol, na sede da entidade, em Lyon, França, após Zambelli ter sido incluída na lista de foragidos internacionais da instituição.