O objetivo do aporte é melhorar a infraestrutura logística da empresa A Caramuru Alimentos projeta investimento de R$ 300,3 milhões em 2025, para avançar na modernização da infraestrutura logística da empresa e diversificar os negócios.
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De acordo com relatório enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa vai destinar R$ 94,1 milhões em estruturas de armazenamento e escoamento junto ao porto de Miritituba (PA).
A companhia também planeja iniciar a construção de um terminal logístico em Itaituba (PA), em parceria com a 3Tentos Agroindustrial, no Projeto Saída Norte, viabilizado por meio da Via Maris Navegação e Portos.
Outros R$ 67,2 milhões serão investidos para dobrar a capacidade produtiva da planta de esmagamento em Ipameri (GO), projeto iniciado no ano passado. A conclusão está prevista para este ano.
A empresa finalizou recentemente a construção de um armazém em Ipameri, com capacidade estática para 150 mil toneladas de grãos.
A Caramuru também vai investir R$ 38,9 milhões na modernização e melhoria da eficiência logística do terminal no porto de Santana. Outros R$ 100 milhões estão previstos para serem aplicados em manutenção e melhorias dos ativos.
Em parceria com a cooperativa Biocen, a Caramuru planeja ainda construir uma indústria de etanol de milho em Nova Ubiratã (MT), com capacidade inicial de processamento de 605 mil toneladas de milho por ano.
A planta produzirá 261 mil metros cúbicos de etanol de milho por ano, além de 12 mil toneladas de óleo de milho e 175 mil toneladas de DDG.
A usina tem investimento previsto de R$ 1,4 bilhão e início de operação previsto para 2027. A Caramuru será a controladora da joint venture, com 51% do capital social.
Desempenho em 2024
Em 2024, a Caramuru registrou lucro líquido de R$ 272,1 milhões, representando um crescimento de 13,4% em relação ao ano anterior. O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), atingiu R$ 417,3 milhões, com queda de 14,8% em relação a 2023.
A receita líquida registrou queda de 4,2%, para R$ 7,27 bilhões, explicada pela redução de 0,8% no volume de vendas, para 2,47 milhões de toneladas de produtos, e pela queda nos preços dos grãos.
A receita de biocombustíveis aumentou 6,7% no período, para R$ 2,11 bilhões. O crescimento foi impulsionado pela elevação dos preços de venda do biodiesel ao longo do ano, reflexo do aumento da mistura obrigatória no diesel, que passou de 12% para 14% em março de 2024.
O destaque negativo foi a queda de 14,7% na receita líquida de commodities diferenciadas, para R$ 2,44 bilhões, desempenho impactado pela redução de 11,4% no volume de vendas do segmento. O segmento inclui produtos como lecitina, glicerina e glicerina bidestilada.
As despesas operacionais cresceram 12,4%, para R$ 527,7 milhões, impulsionadas pelas despesas com vendas e administrativas. A dívida líquida aumentou 16,3%, para R$ 1,22 bilhão.