As preocupações em torno da oferta de café no Brasil e ainda a baixa dos estoques certificados deram o tom para a alta dos preços do grão na bolsa de Nova York. Nesta segunda-feira (13/10), os lotes do arábica para dezembro fecharam em alta de 3,26%, a US$ 3,8520 por libra-peso.
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Depois da expectativa com chuvas em cafezais do Brasil, o último fim de semana mostrou que as precipitações foram insuficientes para garantir o bom desenvolvimento das floradas das áreas de arábica, como lembrou Antônio Pancieri Neto, da Clonal Corretora de Café.
“Em algumas regiões, o volume de chuvas não foi capaz de conter os estragos provocados pelas floradas antecipadas. As previsões de clima para a segunda quinzena de outubro não estão confirmadas, e será preciso um bom índice de chuva para garantir o pegamento dessa florada”, diz.
Ainda de acordo com ele, a queda dos estoques certificados de café na bolsa de Nova York deu impulso extra para as cotações.
“Ainda há muita incerteza se haverá uma negociação que exclua o café brasileiro do tarifaço americano. Essa incerteza faz o investidor correr para os estoques em busca de proteção”, acrescenta o corretor.
Açúcar
Na contramão do café, o açúcar registrou forte queda em Nova York. Os contratos do demerara para março caíram 3,04%, negociados a 15,61 centavos de dólar por libra-peso.
A queda tem relação com perspectivas favoráveis para a produção nos dois maiores produtores mundiais da commodity, Brasil e Índia.
Suco de laranja
Após cinco quedas consecutivas, o suco de laranja avançou na bolsa de Nova York. Os lotes do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para novembro subiram 0,27%, a US$ 2,0415 a libra-peso.
Algodão
No mercado do algodão em Nova York, os papéis com entrega em dezembro registraram queda de 0,39%, cotados a 63,59 centavos de dólar por libra-peso.
Cacau
Os preços do cacau se mantêm em um canal de baixa, e estão atualmente nos menores patamares em quase dois anos. Os lotes da amêndoa para dezembro recuaram 0,44%, para US$ 5.822 a tonelada.