
O preço do café voltou a subir na bolsa de Nova York, após o fraco desempenho das exportações do Brasil – maior exportador mundial de arábica. Nesta quarta-feira (10/9), os lotes para dezembro fecharam em alta de 1,34%, para US$ 3,8690 a libra-peso.
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As exportações brasileiras de café recuaram 17,5% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2024, para 3,14 milhões de sacas de 60 quilos. Os dados são do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
A queda do volume embarcado já era aguardada, conforme avalia o presidente da entidade, Márcio Ferreira, devido ao país vir de exportações recordes em 2024 e possuir menor oferta, em função de uma safra que ficou aquém de seu potencial máximo produtivo. O aumento do imposto de 50% pelo governo dos EUA sobre os cafés do Brasil potencializou essa redução.
São esses mesmos fatores que devem manter as cotações em Nova York ainda em patamares historicamente elevados na bolsa.
Suco de laranja
O suco de laranja avançou em Nova York também após a revisão de dados para a safra no Brasil, maior exportador mundial de suco. Os contratos do produto concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para novembro subiram 1,74%, cotados a US$ 2,5430 a libra-peso.
O Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) reduziu hoje para 306,74 milhões de caixas de laranja de 40,8 kg sua previsão para a safra 2025/26 no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro. A nova estimativa é 2,5% inferior àquela feita em maio – a primeira desta temporada –, quando a projeção indicava produção de 314,60 milhões de caixas.
Cacau
O cacau avançou na bolsa de Nova York. Os contratos para dezembro fecharam em alta de 0,99%, com o valor de US$ 7.468 a tonelada.
Açúcar e algodão
No mercado do açúcar demerara em Nova York, os papéis mais negociados, com vencimento em outubro, encerraram o dia cotados a 15,93 centavos de dólar a libra-peso, avanço de 0,57%. No caso do algodão, os lotes para dezembro subiram 0,32%, precificados a 66,67 centavos de dólar libra-peso.