
Os contratos futuros de café arábica começam a semana com uma correção, após subirem quase 5% na última sessão. A cotação dos que vencem em dezembro é de US$ 3,30 a libra-peso em Nova York, com baixa de 0,96%.
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De acordo com Antonio Pancieiri Neto, da Clonal Corretora de Café, as tarifas de 50% sobre as exportações de produtos brasileiros, impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, causaram uma quebra no fluxo de exportações do Brasil – maior exportador de café arábica do mundo – e também devem prejudicar os Estados Unidos, principal consumidor mundial do produto, por isso os preços subiram recentemente.
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“Com essa quebra de fluxo, não há certeza de que outras origens vão cobrir a falta que o café brasileiro irá fazer para os Estados Unidos. Hoje quem precisa de café está recorrendo à bolsa, para se proteger das tarifas, e com isso o preço sobe mais”, disse Pancieri Neto.
Ainda de acordo com ele, o pessimismo com a safra brasileira do ciclo 2025/26 aumentou depois que a Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) informou que a falta de chuva afetou o rendimento dos cafezais na área de atuação da cooperativa.
O açúcar e o algodão também operam em queda na bolsa americana. Os papéis do adoçante para outubro caem 1,1%, cotados a 16,25 centavos de dólar a libra-peso. E os da pluma para dezembro recuam 0,95%, a 67,34 centavos de dólar a libra-peso.
Na outra ponta, as cotações do cacau para dezembro sobem 1,23%, com o valor de US$ 8.311 a tonelada.