Os contratos futuros das principais commodities agrícolas negociadas em Nova York iniciaram a sessão desta sexta-feira (25/7) com oscilações moderadas, refletindo ajustes técnicos e expectativas em torno da demanda global. Além disso, as incertezas sobre as tarifas dos EUA, impostas pelo Trump, influenciam as direções das agrícolas.
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Os lotes de cacau com entrega para setembro abre em trajetória de valorização, após os preços terem recuado na véspera. Na abertura do pregão da bolsa americana, a tonelada opera a US$ 8.223, uma alta de 1,22% em um movimento de ajuste técnico, já que a demanda aumentou.
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Traders monitoram com cautela os estoques certificados e eventuais restrições de exportação na Costa do Marfim e Gana.
Segundo a consultoria Barchart, a dinâmica do mercado vem sendo mista durante toda a semana. “Os preços do cacau devolveram os ganhos iniciais na quinta-feira e encerraram o dia com forte queda, em meio a preocupações com a demanda por chocolate. Na terça-feira, a fabricante de chocolates Lindt & Sprüngli AG reduziu sua projeção de margem para o ano devido a uma queda nas vendas de chocolate no primeiro semestre maior do que o esperado”, diz o boletim desta manhã.
Além disso, a fabricante de chocolates Barry Callebaut AG reduziu sua projeção de volume de vendas no início deste mês pela segunda vez em três meses, citando os preços persistentemente elevados do cacau. A empresa projeta uma queda no volume de vendas no acumulado do ano e registrou uma redução de 9,5% no volume vendido no período de março a maio — a maior queda trimestral em uma década. Os fatores, indiretamente, sustentam o mercado, mesmo com a desvalorização frequente dos contratos neste último mês.
O café arábica opera em alta de 0,51%, com os papéis de setembro valendo US$ 3,0635 por libra-peso a despeito do avanço da colheita no Brasil e por sinais de oferta mais confortável no curto prazo. Analistas da Barchart apontam que, embora a safra brasileira venha em ritmo acelerado, o mercado segue atento à qualidade dos grãos e aos impactos climáticos nas demais origens, em razão de uma seca de inverno prevista para a reta final da colheita.
O açúcar demerara de outubro cai 1,03%, a 16,40 centavos de dólar por libra-peso na abertura da sessão. A recente valorização do petróleo adiciona suporte à commodity, ao elevar a competitividade do etanol e influenciar as decisões das usinas sobre o mix de produção.
O algodão registra leve alta, de 0,03% sustentado por preocupações com o clima nas regiões produtoras dos Estados Unidos e pela demanda externa, especialmente da Ásia. Os valores estão em 16,41 centavos de dólar por libra-peso.