A companhia de alimentos BRF fez uma nova oferta para emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) no valor de R$ 2 bilhões, com possibilidade de lote adicional de 25% que pode levar a operação aos R$ 2,5 bilhões. A distribuição será em até cinco séries e a proposta é lastreada em debêntures.
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Os recursos captados serão utilizados para investimentos, custos e despesas relacionadas à cadeia de produção com aves, bovinos e suínos.
A agência de classificação de risco Fitch atribuiu o rating AAA com perspectiva estável para a operação.
“Os ratings da BRF refletem sua posição de liderança nas exportações globais de aves, no mercado brasileiro de alimentos processados, bem como sua sólida liquidez e baixo risco de refinanciamento”, afirmou a agência em relatório.
Procurada pela reportagem, a BRF informou em nota que está sempre analisando boas oportunidades de mercado. “Neste momento, as condições para uma nova emissão permanecem muito atraentes sob ponto de vista de custo e prazo para a companhia”, disse a empresa.
A primeira série da emissão terá rendimento de até 102% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) ao ano. O pagamento de juros e principal será realizado em parcela única no vencimento da série, em julho de 2029.
A segunda série terá rendimento prefixado, a ser definido como o maior valor entre o contrato futuro da Taxa DI, com base em 252 dias úteis e vencimento em 2 de janeiro de 2030 acrescido de 0,30% ao ano, ou 13,80% ao ano.
O pagamento de juros da segunda série da emissão será semestral e o principal será pago em parcela única no vencimento da série, em julho de 2032.
A terceira, quarta e quinta séries terão correção monetária pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e pagamento de juros semestrais correspondentes a um spread, a ser definido como o maior valor entre duas opções.
Para a terceira série, a remuneração será o maior valor entre 7,67% ao ano ou a taxa interna de retorno do Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B), com vencimento em 15 de maio de 2035, acrescida de sobretaxa de 0,35% ao ano.
A remuneração da quarta série será o maior valor entre 7,88% ao ano ou a taxa de retorno da NTN-B com vencimento em 15 de maio de 2035, acrescida de sobretaxa de 0,55% ao ano.
A quinta série terá como remuneração o maior valor entre 7,88% ao ano ou a NTN-B com vencimento em 15 de maio de 2045, acrescida de 0,75% ao ano.
Para a terceira série, o principal será pago integralmente no vencimento da série, em julho de 2035. O principal das quarta e quinta séries será pago em três parcelas anuais, sendo, respectivamente: julho de 2038, 2039 e 2040 para a quarta série; e em julho de 2043, 2044 e 2045 para a quinta série.
Os detalhes de pagamento seriam definidos durante o processo de bookbuilding.