A vice-presidente da Mosaic, Jenny Wang, destacou o protagonismo do Brasil no uso de bioinsumos e defendeu avanços regulatórios para acompanhar a evolução tecnológica no setor em painel no Congresso da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) nesta terça-feira (2/9), em São Paulo.
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Segundo dados apresentados por Wang, o uso de bioinsumos no Brasil cresceu 13% na safra 2024/25. A média de crescimento dos últimos três anos foi de 22%, índice quatro vezes superior à média global. Com esse desempenho, o Brasil se consolida como líder mundial na adoção de insumos biológicos e tecnologias correlatas, especialmente inoculantes, biofertilizantes e bioestimulantes.
Ela apontou que, em determinadas condições, até 70% do fertilizante aplicado pode não ser absorvido pelas plantas, o que reforça a importância das soluções biológicas para melhorar a eficiência de uso e promover a regeneração do solo.
Em relação ao papel da Mosaic, a executiva afirmou que a empresa começou a operar no Brasil com sua divisão de biociência em março de 2024 e já investiu cerca de R$ 4 milhões em parcerias com universidades. A expectativa é lançar novas tecnologias no próximo ano, abrangendo segmentos diversos.
Registro de produtos
Sobre o cenário regulatório, Wang enfatizou que o Brasil tem uma oportunidade e responsabilidade estratégica para facilitar o registro de produtos biológicos. Segundo ela, embora o país seja receptivo a essas tecnologias, o processo de registro ainda representa um desafio.
“Espero que o progresso do processo regulatório ocorra em ritmo mais acelerado, pois as tecnologias estão avançando muito rapidamente”, afirmou.
A executiva acrescentou que, para muitos agricultores, a eficácia das novas soluções só é comprovada após testes práticos em campo. Por isso, ela defende um ambiente regulatório que funcione como facilitador da inovação, permitindo que os produtores tenham acesso mais ágil às novas tecnologias.