
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado nesta quarta-feira (24) no Hospital DF Star, em Brasília, sob forte escolta da Polícia Federal, para realização de exames pré-operatórios e deve ser submetido a uma cirurgia de correção de hérnia inguinal bilateral nesta quinta-feira (25).
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A cirurgia foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, após pedido da defesa e parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não se opôs ao procedimento e à condução do ex-mandatário ao hospital.
Detalhes do procedimento e condições médicas
Segundo boletim médico divulgado pelo hospital e confirmado pela equipe que acompanha Bolsonaro, o ex-presidente foi considerado aptо clinicamente para a cirurgia, que está prevista para começar por volta das 9h desta quinta-feira e deve durar aproximadamente quatro horas sob anestesia geral.
O procedimento, chamado herniorrafia inguinal bilateral, tem como objetivo reparar as hérnias presentes nas duas regiões da virilha, as quais, segundo os médicos, vêm causando desconforto e podem piorar sem intervenção cirúrgica adequada. Exames pré-operatórios, incluindo avaliações cardiológicas e de risco cirúrgico, foram realizados ainda nesta quarta-feira.
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Além da correção das hérnias, a equipe de saúde também avalia intervenções complementares, como o bloqueio anestésico do nervo frênico para tentar aliviar episódios persistentes de soluços — condição que tem acompanhado o quadro de Bolsonaro desde intervenções anteriores.
Segurança e visitas autorizadas
O ex-presidente permanece sob custódia da Polícia Federal durante toda a internação. Equipes de segurança permanecem 24 horas por dia no local, com dois agentes especificamente designados para vigiar a porta do quarto hospitalar, além de suporte em outros pontos estratégicos do hospital.
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O ministro Alexandre de Moraes proibiu a entrada de dispositivos eletrônicos como celulares e computadores no quarto do hospital, e determinou que quaisquer visitas além daquelas autorizadas judicialmente devem ser previamente aprovadas pelo STF.
Contexto judicial e político
Bolsonaro, de 70 anos, cumpre atualmente uma pena de 27 anos e três meses de prisão após ter sido condenado em setembro por liderar um plano para derrubar o Estado Democrático de Direito após a eleição de 2022.
Embora tenha pedido também prisão domiciliar por razões humanitárias, o pedido foi negado pelo ministro Moraes, que aceitou apenas a saída temporária para tratamento médico.
Recuperação e alta médica
A equipe médica estimou que a internação pós-cirúrgica possa se estender por cinco a sete dias, dependendo da evolução clínica e da resposta do paciente à intervenção. A partir da alta médica, Bolsonaro deverá retornar à custódia da Polícia Federal em Brasília para dar continuidade ao cumprimento de sua pena.






