Durante o seminário nacional do Partido Liberal (PL), realizado nesta sexta-feira (30) no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) emocionou-se ao falar sobre o filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente vive nos Estados Unidos. Chorando, Bolsonaro afirmou que o filho estaria preso se estivesse no Brasil.
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“Ele não poderia estar aqui. Se estivesse aqui, não seria um passaporte. Com todas as regras, ele iria pra prisão. Porque aqueles em destaque, aqueles que mostram a verdade, aqueles que lutam por vocês, são os mais perseguidos”, declarou o ex-presidente, sob aplausos da plateia.
Eduardo Bolsonaro pediu licença do mandato em março deste ano, alegando que se mudaria para os EUA para “buscar sanções contra violadores dos direitos humanos”. O Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, investiga se o parlamentar teria usado essa justificativa para tentar interferir em julgamentos que envolvem seu pai, que é réu por tentativa de golpe de Estado.
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Além de Bolsonaro, participaram do evento o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, o senador Rogério Marinho (PL-RN), o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho “02” do ex-presidente, e lideranças cearenses como o deputado federal André Fernandes (PL-CE) e o presidente estadual do partido, deputado estadual Carmelo Neto.
Em seu discurso, Bolsonaro também voltou a criticar o Partido dos Trabalhadores (PT) e atribuiu a situações de miséria no Nordeste ao domínio eleitoral da sigla na região. “Por que o melhor estado do Brasil é Santa Catarina? Porque o PT nunca passou por lá. Onde passa gente desse partido, é um rastro de miséria, de uma cultura não adequada e de sofrimento”, afirmou, sendo novamente aplaudido.
O ex-presidente ainda mencionou sua relação com o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e defendeu a necessidade de apoio internacional para enfrentar o que chamou de “perseguição política”. “Com a ajuda de Deus também. Com a ajuda do outro país do lado nosso. Graças a Deus, nas eleições do ano passado, trouxe de volta a presidência Donald Trump nos Estados Unidos”, disse, equivocadamente — já que Trump não venceu as eleições de 2020 e ainda não disputou o pleito de 2024.
O evento reforça a mobilização do PL e da base bolsonarista em torno de uma narrativa de vitimização e resistência política. Enquanto isso, os processos que tramitam no STF seguem avançando, com desdobramentos que podem impactar diretamente o futuro político da família Bolsonaro.
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