
O valor é 5% maior que o montante anunciado para a temporada anterior, de R$ 66,5 bilhões O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai oferecer R$ 70 bilhões em financiamentos ao setor agropecuário no Plano Safra 25/26. O valor é 5% maior que o montante anunciado para a temporada anterior, de R$ 66,5 bilhões.
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Do total, serão R$ 39,7 bilhões em recursos equalizáveis, que contam com a subvenção nos juros por meio de Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF). A oferta representa um crescimento de 19% em comparação com os R$ 33,5 bilhões com equalização oferecidos na safra 2024/25. Há ainda R$ 30,3 bilhões em recursos próprios, que serão emprestados a taxas livres.
Dos valores ofertados em linhas equalizadas, serão destinados R$ 26,3 bilhões para a agricultura empresarial, com juros entre 8,5% e 14% ao ano, e R$ 13,4 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com taxas entre 0,5% e 8% ao ano.
Para a agricultura empresarial, os recursos serão oferecidos por meio de nove programas, como Moderfrota, Pronamp, Renovagro, Inovagro, Proirriga, Prodecoop e PCA.
Neste ciclo, as regiões Norte e Nordeste contarão com destinação exclusiva de R$ 532 milhões para agricultura familiar, valor 80% maior do montante aplicado nessas regiões no último ano-safra.
“A expressiva evolução desses números reafirma o forte compromisso do BNDES com o setor agropecuário brasileiro. Por meio do Plano Safra com um orçamento recorde de R$ 70 bilhões para o financiamento rural, estamos ao lado dos produtores, apoiando tecnologia, inovação e sustentabilidade, para que o agronegócio continue sendo um dos principais motores do desenvolvimento econômico e social do país, com práticas que preservem o meio ambiente” destacou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em nota.
Juros livres
O BNDES também vai oferecer R$ 30,3 bilhões em recursos próprios por meio da linha BNDES Crédito Rural. Desses, R$ 14,4 bilhões serão a custo em dólar, informou a instituição financeira.
Os números totais oferecidos na safra 2025/26 estão próximos do desempenho alcançado na linha desde 2020, quando foi criada. Nesses cinco anos, o BNDES aprovou a liberação de R$ 23,4 bilhões para cerca de 37 mil operações.
Já a linha em dólar foi criada em abril de 2023, com o objetivo de ampliar e diversificar alternativas de crédito a custos mais competitivos para o setor do agronegócio. Até junho de 2025, em mais de dois anos, o BNDES aprovou cerca de R$ 9 bilhões para 5,3 mil operações. Mais de 95% dos valores foram destinados à aquisição de máquinas e equipamentos.
O BNDES não informou quanto foi desembolsado até junho. Em abril, o balanço mostrava que haviam sido concedidos R$ 29,6 bilhões.