A Coopercitrus, que reúne cerca de 41 mil produtores rurais, registrou um crescimento de 37,5% no seu negócio de bioinsumos no último ano. Apesar das altas taxas, que vêm se mantendo acima de 30%, o segmento ainda representa apenas 3% do volume total do negócio de insumos da cooperativa, destacou Matheus Kfouri Marino, presidente do Conselho da Coopercitrus no Fórum Bioinsumos no Agro, realizado nesta quinta-feira (9/10), em São Paulo.
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Segundo Marino, o uso de bioinsumos começou entre os grandes produtores há cerca de cinco anos, mas foi nos dois últimos anos que a adoção passou a crescer de forma mais significativa entre pequenos e médios cooperados.

Ele também chamou atenção para o desafio da multiplicidade de tecnologias no campo e a dificuldade dos agricultores em acompanhar tantas inovações. “O agricultor é bombardeado com novas tecnologias a todo momento, e não conseguimos nem filtrar essas novas tecnologias”, afirmou.

Para o dirigente, os melhores resultados não vêm do uso isolado de produtos, mas da integração entre soluções, algo que depende diretamente de educação técnica e do suporte dentro da propriedade. “O que mais custa numa solução é alguém presente no dia a dia do produtor, mostrando o uso, o armazenamento, como aplicar, treinamento”, afirmou.