O Banco Mundial aprovou um aporte de R$ 800 milhões para o Governo de São Paulo financiar uma política pública de desenvolvimento rural sustentável. Com a contrapartida do Estado, o montante previsto chegará a R$ 1,1 bilhão para ações do chamado Programa Agro Paulista Mais Verde – Microbacias 3.
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A intenção é beneficiar mais de 120 mil produtores rurais ao longo de seis anos, informa, em comunicado, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado. O programa visa a aumentar o valor de venda de produtos da agricultura familiar por meio de investimentos em agroindústrias, cooperativas e associações de produtores.
Aumentar produtividade, gerar renda, recuperar áreas degradadas e ampliar o uso de tecnologias sustentáveis na atividade rural são algumas das diretrizes do programa. O financiamento do Banco Mundial prevê o cumprimento de uma série de metas por parte do Governo do Estado de São Paulo:
– Recuperar de 1 milhão de hectares com sistemas produtivos sustentáveis;
– Ampliar da conectividade e da geolocalização no campo;
– Investimentos em infraestrutura hídrica e saneamento rural em 500 propriedades;
– Capacitar 15 mil produtores para uso de tecnologias sustentáveis;
– Apoio à gestão econômica e ambiental de 20 mil propriedades
– Fortalecer 420 associações e cooperativas;
– Incluir de forma produtiva 5 mil mulheres e jovens;
– Apoiar 80 projetos comunitários de povos tradicionais;
– Capacitação de 400 extensionistas rurais e elaboração de 200 planos de negócio coletivos e 200 individuais;
– Formar 300 redes de comunidade solidária.
“Com o projeto aprovado, vamos aplicar o financiamento para transformar a realidade dos produtores e fortalecer a produção, gestão e organização das propriedades rurais e agroindústrias”, comenta o secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Guilherme Piai, em nota.
O Microbacias 3 é a terceira etapa de um programa iniciado ainda no ano 2000. A primeira fase, que durou até 2008, envolveu 69.997 produtores em ações de conservação ambiental e manejo sustentável, abrangendo 970 microbacias em 514 municípios e mais de 3,3 milhões de hectares.
A segunda fase, de 2011 a 2018, foi mais voltada para acesso ao mercado. Beneficiou 293 organizações e executou 355 projetos.