
A Atvos pretende fazer investimentos na construção de duas usinas de etanol de milho, que podem chegar a R$ 2 bilhões, afirmou o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, ao jornal “Correio do Estado”.
Leia mais
Petrobras avalia investir no mercado de etanol de milho
Operação investiga fraudes em compra de canaviais e postos de combustíveis
Procurada, a Atvos não confirmou que os investimentos estão garantidos, mas disse que está com os estudos em andamento. “A Atvos confirma que está desenvolvendo estudos de engenharia para produção de etanol de milho em sinergia com duas de suas operações em Mato Grosso do Sul”, afirmou, em nota à reportagem.
Segundo Riedel, a companhia, controlada pelo fundo árabe Mubadala, tem o plano de investir R$ 1 bilhão em cada usina de etanol de milho. As plantas deverão ser construídas de forma anexa às usinas de cana Santa Luzia, em Nova Alvorada do Sul (MS), e Costa Rica, em município homônimo (MS).
Cada unidade deverá ter capacidade para processar 534 mil toneladas de milho e produzir 250 milhões de litros de etanol a partir do milho por safra — e as plantas poderão ser expandidas no futuro.
Se esses investimentos forem confirmados, Mato Grosso do Sul passará a ter cinco plantas de etanol de milho.
Biometano
A Atvos já tem outro investimento em curso no Estado, a construção de uma planta de biometano anexa à Usina Santa Luzia. A unidade vai receber investimento de R$ 360 milhões e terá capacidade para produzir 28 milhões de metros cúbicos por safra. A licença para a construção da unidade foi concedida em março, e a expectativa é que a planta de biometano esteja pronta em novembro de 2026.
Riedel disse ainda que a produção de biometano da Atvos deve inicialmente atender a demanda própria e depois o mercado local, podendo se aproveitar da expansão da rede da distribuidora MS Gás.
Perfil
A Atvos possui oito usinas de cana-de-açúcar em operação atualmente no Centro-Sul, das quais três estão em Mato Grosso do Sul.
No ano passado, já sob o controle do fundo árabe, a companhia anunciou que pretende realizar investimentos de R$ 10 bilhões em novos negócios, como biometano, etanol de milho de combustível sustentável de aviação (SAF), mas não especificou na ocasião quais eram os projetos e os prazos para ocorrerem.






