
Mapeamento do Supera Parque indica que tendência é que novos negócios continuem concentrados em soluções ‘pós-porteira’ O Brasil deve ganhar 23 novas startups voltadas ao setor agropecuário até o fim deste ano, mantendo a tendência do setor de focar em soluções “pós-porteira”, como em logística e rastreabilidade, além de processamento e comercialização.
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A estimativa é do Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto, instituição criada em 2014 numa parceria entre a Universidade de São Paulo (USP), a Prefeitura de Ribeirão Preto e a Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo.
Das 23 novas startups a entrarem no mercado, o Supera Parque avalia que nove devem ser focadas em soluções pós-porteira, oito voltadas para problemas vividos dentro da fazenda e seis oferecerão serviços pré-porteira.
Segundo os pesquisadores da instituição, os números revelam a crescente demanda por produtos mais saudáveis e sustentáveis, além da busca por eficiência e a digitalização no campo.
O levantamento do Supera Parque mostra que o país tem 1.837 agtechs ativas, sendo que a maior concentração está em soluções pós-porteira (41,6% do total), enquanto outros 41% estão voltados a soluções dentro das fazendas, como preparo do solo, plantio, manejo, irrigação, tratos culturais, colheita e manutenção de máquinas.
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Apenas 17,4% estão focados em serviços pré-porteira. Na avaliação do Supera Parque, isso indica uma oportunidade de expansão num cenário cada vez mais próximo da estabilidade.
O mapeamento também mostra que o Sudeste concentra 1.066 das startups do agronegócio ativas no país, sendo 832 delas no Estado de São Paulo. Por segmento, destacam-se iniciativas voltadas ao desenvolvimento de alimentos inovadores e novas tendências alimentares, com 252 companhias, além de empresas de gestão de propriedades rurais, com 156 empresas em todo o país.
“O mapeamento é um instrumento estratégico para atores do ecossistema agro. Ele nos ajuda a entender onde estão as oportunidades, os polos mais inovadores, os gargalos e também como a tecnologia tem transformado a cadeia produtiva de alimentos no Brasil”, afirma Bruno Gasparini, gestor de Estudos Setoriais do Supera Parque, em nota.
Para 2026, a previsão do Supera Parque é de que o Brasil alcance um total de 1.884 agtechs ativas, podendo chegar a 2.029 startups se for considerado um cenário de mercado favorável para o próximo ano. Mas pode ocorrer uma retração, para 1.740, se as condições forem desfavoráveis.






