
Após uma semana marcada por altas consecutivas nas cotações do boi gordo, a sexta-feira (8/8) apresentou uma maior estabilidade no mercado pecuário.
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Das 32 praças monitoradas pela Scot Consultoria, 22 permaneceram com os mesmos preços do dia anterior para o boi gordo. Outras nove regiões seguiram a tendência de valorização da arroba, que tem sido sustentada pela oferta enxuta de bovinos.
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Apenas em Pelotas (RS) houve queda nas cotações. Na quinta-feira, os preços também recuaram no oeste do Rio Grande do Sul. Segundo o analista Felipe Fabbri, da Scot, essas reduções nos praças gaúchas, na contramão da tendência nacional, ocorrem porque pecuaristas locais estão começando a liberar as áreas de pastagens de inverno para começar o preparo da terra para as lavouras de verão.
Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), que são referências para o mercado pecuário, as cotações do boi gordo, do “boi China” e da vaca não tiveram alteração nesta sexta-feira. No entanto, o preço da arroba da novilha subiu R$ 10, para R$ 300.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), os compradores de gado tentam frear as altas. Nos últimos dias, os frigoríficos estiveram mais firmes em suas propostas e evitaram conceder novos aumentos.
“Em São Paulo, pecuaristas têm pedido R$ 310 ou R$ 315, mas muitos negócios continuam próximos a R$ 305”, afirma o Cepea. A oferta é baixa, formada principalmente por animais de semiconfinamento ou de confinamento.
A Scot destaca que a exportação continua com bom desempenho, com recordes mês a mês, fazendo com que as indústrias frigoríficas priorizem por bovinos precoces, especialmente aqueles aptos a atender ao mercado chinês. Já no mercado doméstico, o início de mês e a proximidade do Dia dos Pais contribuiu para o escoamento da carne bovina, fortalecendo a demanda no atacado.