Ainda que a situação não esteja boa para a indústria de máquinas agrícolas, com a estabilidade do preço das commodities e vendas em baixas, o resultado financeiro da AGCO mostra uma retomada da atividade. O lucro líquido da empresa somou US$ 305,7 milhões no terceiro trimestre de 2025, na comparação com US$ 30 milhões um ano antes. Por ação, o lucro líquido ajustado foi de US$ 1,35, enquanto o mercado apostava em uma média de US$ 1,22, segundo o The Wall Street Journal.
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As vendas líquidas da companhia totalizaram US$ 2,5 bilhões para o trimestre encerrado em 30 de setembro, uma queda de 4,7% na comparação com o mesmo período de 2024. A AGCO esclarece que o terceiro trimestre de 2024 incluiu outras receitas de US$ 251,2 milhões, provenientes da alienação da maioria de seus negócios de grãos e proteínas.
As vendas do terceiro trimestre caíram, com a renda dos agricultores pressionada pela inflação de custos em meio à queda dos preços das commodities agrícolas. Os preços de referência do milho – importantes para os americanos, maior mercado da AGCO – ficaram em média a US$ 4,50 por bushel nos últimos 12 meses, abaixo dos US$ 5,50 dos 12 meses anteriores. Os preços do milho chegaram a cerca de US$ 8 por bushel em 2022, quando a AGCO gerou quase US$ 13 bilhões em vendas.
“A AGCO apresentou mais um trimestre sólido, navegando por um cenário global complexo, moldado por uma economia agrícola desafiadora, altas taxas de juros e investimentos de capital cautelosos”, disse o CEO Eric Hansotia, em nota. “Nossos investimentos contínuos em agricultura de precisão, soluções autônomas e tecnologias sustentáveis ​​ajudaram a manter a demanda por nossas marcas premium.”
Em nove meses, o lucro líquido da AGCO totalizou US$ 631 milhões, na comparação com um prejuízo líquido de 169,1 milhões um ano antes. As vendas no ano somaram US$ 7,16 bilhões, ante US$ 8,77 bilhões nos nove primeiros meses de 2024.
A projeção de lucro por ação para o ano todo foi elevada para US$ 5, ante a faixa anterior de US$ 4,75 a US$ 5.