Cotações de milho e trigo caem com previsão de produção mundial recorde dos cereais A soja foi negociada com preços mais altos na bolsa de Chicago nesta segunda-feira (12/5), enquanto o mercado ainda digere o acordo comercial firmado entre EUA e China. Os contratos com vencimento em julho avançaram 1,85%, a US$ 10,7125 o bushel.
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O acordo firmado nesta segunda-feira pautou o fechamento do grão. Os dois países chegaram a um entendimento e suspenderam as tarifas recíprocas pelo período de 90 dias. Para o mercado, essa é uma sinalização de que a China pode voltar a comprar produtos americanos, entre eles, a soja.
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Já o preço do milho caiu na bolsa de Chicago, diante de novos dados para a produção mundial. Os contratos do cereal para julho fecharam em queda de 0,39%, para US$ 4,48 o bushel.
A safra mundial de milho em 2025/26 – que começa oficialmente em setembro – deve ser recorde, com 1,26 bilhão de toneladas, segundo a primeira estimativa do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para a temporada. Se esse volume estiver correto, será 3,5% superior à safra atual. O aumento da colheita deve ocorrer em várias regiões, mas principalmente nos EUA, Brasil, Argentina e Ucrânia, afirmou o órgão.
Dentro dos EUA, a expectativa de colheita é de 401,85 milhões de toneladas, 6% mais que na temporada atual, graças ao aumento de área plantada e da expectativa de produtividade melhor.
A oferta abundante de trigo no cenário internacional também causou pressão de baixa para as cotações do produto na bolsa de Chicago. Os papéis para julho fecharam em queda de 1,42%, para US$ 5,2175 o bushel.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) projetou hoje que a produção mundial de trigo em 2025/26 atingirá o volume recorde de 808,5 milhões de toneladas, puxada pelas boas perspectivas para a colheita na União Europeia, Índia, Reino Unido, China, Argentina, Rússia e Canadá.
Já para os EUA, a previsão é de uma colheita de 52,28 milhões de toneladas, redução de 1,37 milhão de toneladas na comparação com a temporada anterior. Apesar disso, os estoques finais do país deverão crescer, de 22,90 milhões de toneladas na safra 2024/25, para 25,12 milhões no próximo ciclo.