Os mercados de grãos iniciaram o pregão desta quinta-feira (11/9) em compasso de espera, com os investidores atentos ao relatório mensal de Oferta e Demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado nesta sexta-feira (12/9).
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Na abertura da bolsa de Chicago, a soja é negociada em alta de 0,46%, a US$ 10,4975 por bushel nos contratos com vencimento em novembro.
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O movimento de valorização reflete a expectativa de que o USDA revise para baixo sua estimativa de produção da oleaginosa nos Estados Unidos, atualmente fixada em 116,82 milhões de toneladas, conforme o relatório de agosto, segundo avaliação da consultoria Granar.
A deterioração das lavouras nas últimas semanas, agravada pelo clima seco persistente no Meio-Oeste americano, sustenta essa projeção. Também pesa no mercado a previsão de redução da área plantada na Argentina.
Por outro lado, a fraca demanda da China pela nova safra americana limita os ganhos. No início do ano comercial 2025/26, que começou em 1º de setembro, as vendas líquidas de soja totalizam 541,1 mil toneladas, incluindo a transferência de 767 mil toneladas da temporada anterior, segundo relatório do USDA divulgado nesta quinta.
Milho
Os contratos de milho com entrega em dezembro operam com estabilidade, cotados a US$ 4,1725 por bushel.
Segundo a consultoria StoneX, há possibilidade de cortes na estimativa de produção, uma vez que o USDA teria superestimado a demanda no relatório anterior para compensar a queda na produtividade.
Apesar disso, o mercado encontra suporte no bom desempenho das exportações americanas. A projeção atual para a safra americana de milho é de 425,26 milhões de toneladas.
Entre os fatores que limitam os preços estão o avanço da colheita nos Estados Unidos e a expectativa de aumento da área plantada na Argentina, segundo análise da consultoria Granar.
Trigo
Já o trigo para dezembro opera em queda de 0,39%, a US$ 5,1350 por bushel. A pressão sobre os preços é intensificada pela colheita do trigo de primavera nos Estados Unidos e pela elevação da estimativa de safra na Rússia, maior exportador global do cereal.
A consultoria SovEcon revisou sua projeção para a colheita russa de 86,10 milhões para 87,20 milhões de toneladas neste mês.