A cantora e compositora Cristina Buarque morreu neste domingo (20), aos 74 anos. A informação foi confirmada por seu filho, Zeca Ferreira, por meio das redes sociais. Cristina vinha lutando contra um câncer, embora a causa oficial da morte não tenha sido divulgada. O velório está previsto para esta segunda-feira (21).
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Nascida em São Paulo em 23 de dezembro de 1950, Maria Cristina Buarque de Holanda era filha do historiador Sérgio Buarque de Holanda e da pianista e pintora Maria Amélia Cesário Alvim. Ela era irmã do cantor e compositor Chico Buarque, da ex-ministra da Cultura Ana de Hollanda e da cantora Miúcha, falecida em 2018.
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Cristina Buarque ficou conhecida nacionalmente em 1974 com a canção “Quantas Lágrimas”, do compositor Manaceia, lançada em seu álbum de estreia, intitulado Cristina. Ao longo da carreira, ela se destacou por sua dedicação ao samba e por seu respeito à tradição musical brasileira. Diferente dos irmãos mais famosos, Cristina manteve uma postura discreta e evitava os holofotes, sempre priorizando a música pela música.
“Uma cantora avessa aos holofotes. Como explicar um negócio desses em qualquer tempo? Mas como explicar isso nesse tempo específico?”, escreveu seu filho Zeca em uma homenagem emocionante nas redes sociais. “Mas foi isso a vida inteirinha dessa mulher que tivemos, nós cinco, a sorte grande de ter como mãe. Uma vida inteira de amor pelo ofício e pela boa sombra.”
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Cristina Buarque é lembrada por sua voz suave, seu repertório rico em sambas tradicionais e sua dedicação à música brasileira. Ainda que longe da grande mídia, sua contribuição ao cenário cultural é considerada valiosa por músicos e críticos.
Sua morte marca o fim de um ciclo importante dentro de uma das famílias mais influentes da cultura brasileira. Cristina deixa um legado de simplicidade, elegância e paixão pelo samba.
