
De acordo com analista, desvalorização do dólar também beneficiou o fechamento das commodities agrícolas O preço da soja terminou a sessão na bolsa de Chicago em patamares mais elevados, em meio a ajustes técnicos que sobrepuseram os desdobramentos da guerra tarifária. Os lotes da oleaginosa para julho, os mais negociados, fecharam em alta de 0,36% nesta quarta-feira (16/4), a US$ 10,5025 o bushel.
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A alta também aconteceu diante de uma percepção de queda de área plantada nos EUA em 2025/26, destacou Roberto Carlos Rafael, sócio-proprietário da Germinar Agronegócios.
“Há rumores no mercado de uma queda maior na área destinada à soja americana, que deve perder espaço para o cultivo de milho no país. Estamos vendo essa dinâmica impactar os preços agora”, afirma o analista.
Por enquanto, os investidores da soja parecem ignorar os desdobramentos da guerra tarifária iniciada pelo presidente Donald Trump. Hoje, a Casa Branca informou que as tarifas contra a China podem chegar a 245%. “Esse percentual já superou o patamar de taxa e pode até ser considerado um embargo”, comenta Rafael, acrescentando que a desvalorização do dólar no cenário externo também beneficiou a alta dos grãos.
Milho
O contrato do milho com entrega para julho fechou em alta de 0,46%, precificado a US$ 4,9175 o bushel.
Roberto Carlos Rafael, da Germinar Agronegócios, diz que o cereal pegou na carona na valorização de ativos como o petróleo, e também foi impactado pelo recuo na moeda americana.
Segundo ele, os próximos dias devem ser de pouca oscilação para os valores na bolsa, devido à condição de clima favorável para o início do plantio em solos americanos na temporada 2025/26.
Trigo
Em dia de ajustes técnicos, o preço do trigo avançou em Chicago. Os contratos com entrega para julho subiram 0,90%, a US$ 5,61 o bushel.