
A soja fechou em queda de 0,12%, a US$ 10,6225 por bushel nos contratos para março, em um contexto de demanda limitada. Após uma semana sem anúncios, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda) informou novas vendas de soja norte-americana da safra 2025/26, totalizando 136 mil toneladas para a China e 231 mil toneladas para destinos não identificados.
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Com poucos fatores de sustentação nos preços, o mercado encontrou apoio nas condições climáticas adversas no centro da Argentina, onde há registro de onda de calor e deficiência hídrica, segundo a consultoria Granar.
No Brasil, embora agentes privados relatem colheita em áreas pontuais de Mato Grosso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) não registrou progresso no Estado, mas apontou avanço de 1% da área apta no Paraná.
Milho
O milho recuou 0,4%, com os contratos para março cotados a US$ 4,4050 por bushel. A maior disponibilidade de grão novo no mercado nos últimos dias segue influenciando negativamente as cotações.
Além do desempenho das exportações dos Estados Unidos, a limitação das quedas está associada à falta de umidade em áreas agrícolas da Argentina, onde os efeitos do fenômeno La Niña, ainda que de baixa intensidade, começam a ser observados.
A desvalorização do real frente ao dólar, em torno de 1,35% no dia, também refletiu os mercados de milho e soja, ao reduzir a competitividade das exportações brasileiras e incentivar vendas por parte dos produtores.
Trigo
O trigo encerrou o pregão em baixa de 0,44%, a US$ 5,1075 por bushel nos contratos para março. O mercado segue pressionado pela elevada oferta global e pela concorrência no comércio internacional. Nesse contexto, a Argentina prepara o envio de um segundo navio de trigo para a China, operação considerada pouco frequente, diz a consultoria Granar.
Refletindo o aumento da oferta, a consultoria russa SovEcon revisou para cima sua estimativa de exportações russas de trigo na safra 2025/26, de 44,2 milhões para 44,6 milhões de toneladas, citando o ritmo elevado de embarques recentes e a melhora das margens de exportação.
A ausência de avanços em negociações sobre a distribuição de terras entre Ucrânia e Rússia tem oferecido algum suporte aos preços, em um cenário de continuidade das hostilidades na região do Mar Negro.





