Imagine comer 85 pimentas malaguetas em 60 segundos? Aumente a aposta e troque a malagueta pela quinta pimenta mais ardida do mundo. Essa façanha garantiu ao americano Stephen Curgan o recorde mundial de consumo de pimentas 7 Hot Primo em uma competição disputada em outubro em Terre Haute, na Indiana. Curgan, que tem o apelido de Fiery Red (Vermelho Ardente), superou o recorde anterior de 77.
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A pimenta 7 Pot Primo tem 1,79 milhão de unidades na escala de calor Scoville (SHU, na sigla em inglês), que mede a quantidade de capsaicina concentrada nas sementes. Esse componente químico é o que causa a ardência ou sensação de queimação, na boca ou garganta quando se come pimenta. Para fazer uma comparação da ardência da 7 Pot Primo, a malagueta tem no máximo 100 mil unidades SHU.
A 7 Pot Primo é resultante do cruzamento entre duas pimentas muito ardidas de Trinidad Tobago: Naga Morich e Trinidad 7 Pot. O nome 7 Pot se refere à capacidade que uma única pimenta tem de esquentar rapidamente sete potes de ensopado. Ela tem a pele irregular e cheia de espinhas.
Pimenta 7 Pot Primo
Reprodução/Instagram
O recordista declarou que as competições de consumo de pimentas ardidas já o levaram para vários países e lhe abriram muitas portas. Curgan cultiva vários tipos de pimentas “hot” em seu jardim e está desenvolvendo sua própria marca de molho picante que vai levar seu apelido.
O agricultor Robert Skrivan, que cultivou as pimentas do concurso, ficou impressionado. Segundo ele, a espécie tem nódulos muito intensos que parecem inofensivos, mas não é fácil comer uma sequer.
A pimenta mais ardida do mundo, reconhecida pelo Guinness World Record, é a Pepper X, com 2,6 milhões de unidades na escala SHU. No ano passado, a Pepper X superou a Carolina Ceifeira (2,2 milhões SHU), que foi recordista por uma década.