A distribuidora de insumos Agrogalaxy, que está em recuperação judicial, registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 611,8 milhões no terceiro trimestre de 2025, queda de 61,2% em relação ao prejuízo de R$ 1,57 bilhão no mesmo período do ano anterior.
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A receita líquida somou R$ 417,8 milhões, recuo de 65,7% na comparação anual. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 134,4 milhões, 89,1% abaixo do registrado no terceiro trimestre de 2024.
Por segmento, a receita líquida de insumos atingiu R$ 247,2 milhões, retração de 66,3%, enquanto o faturamento com grãos totalizou R$ 170,6 milhões, queda de 64,9% na mesma base de comparação.
Segundo a empresa, a receita continua pressionada pela redução de volume, impulsionada pelo fechamento de lojas, enxugamento de equipes e diminuição de silos. O saldo devedor não amortizado da companhia encerrou o trimestre 69% abaixo do registrado um ano antes.
A companhia declarou que “segue avançando em sua agenda de reestruturação financeira e operacional, com foco em reduzir custos, otimizar ativos e fortalecer a rentabilidade”. Para o CEO da empresa, Eron Martins, o ambiente continua desafiador. “A liquidez do mercado permanece restrita, o que tem levado o produtor a postergar decisões de compra, adquirindo apenas o mínimo necessário e aguardando o momento ideal para confirmar suas reais demandas”, disse em coletiva.
Comercialização na safra
Ao final do trimestre, a carteira de pedidos somava R$ 231 milhões, de acordo com a companhia. Atualmente, 62% dos negócios são realizados via barter, mecanismo usado como garantia. O CEO citou ainda que especialidades representam 13% do mix, segmento que, segundo ele, oferece melhor margem.
Martins afirmou que o mercado de defensivos segue “em aberto”, com produtores trabalhando por repique (compras realizadas apenas no momento de aplicação), diretamente na loja. Para ele, esse movimento contribui para margens um pouco maiores, mas exige maior precisão na alocação dos produtos. Ele acrescentou que decisões tardias têm mantido o mercado atrasado e disse que ainda há negócios de soja em andamento.
Sobre o plantio e a safrinha, Martins disse não ver, “nesse exato momento”, sinais de alerta, embora reconheça uma janela mais tardia. No Cerrado, segundo ele, a chuva ainda não se estabilizou, o que levou parte dos produtores a aguardar a consolidação do regime para concluir o plantio, influenciando as decisões sobre o tamanho e o investimento na safrinha.
O diretor financeiro Luiz Conrado Sundfeld afirmou que, apesar da mudança negativa na margem bruta de insumos em relação ao terceiro trimestre de 2024, o indicador segue comprimido e encerrou o período em 7%. “Só que esse número tem um componente entre escoamento de estoques antigos e uma parcela ICMS bem relevante já de vendas de estoques novos”, disse.
Ele destacou que o escoamento de produtos antigos, hoje entre 12% e 15% do total, ocorre com margens menores, mas contribui para melhorar o ciclo de conversão de caixa. “Quando você está realizando uma venda de um estoque antigo, que esse estoque já está pago, você está melhorando muito o ciclo de conversão de caixa”, afirmou.
A curva de inadimplência dos vencimentos de 2025 encerrou setembro em 5,9%, abaixo dos 19% observados no mesmo período do ano anterior, segundo a empresa.
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A receita líquida somou R$ 417,8 milhões, recuo de 65,7% na comparação anual. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 134,4 milhões, 89,1% abaixo do registrado no terceiro trimestre de 2024.
Por segmento, a receita líquida de insumos atingiu R$ 247,2 milhões, retração de 66,3%, enquanto o faturamento com grãos totalizou R$ 170,6 milhões, queda de 64,9% na mesma base de comparação.
Segundo a empresa, a receita continua pressionada pela redução de volume, impulsionada pelo fechamento de lojas, enxugamento de equipes e diminuição de silos. O saldo devedor não amortizado da companhia encerrou o trimestre 69% abaixo do registrado um ano antes.
A companhia declarou que “segue avançando em sua agenda de reestruturação financeira e operacional, com foco em reduzir custos, otimizar ativos e fortalecer a rentabilidade”. Para o CEO da empresa, Eron Martins, o ambiente continua desafiador. “A liquidez do mercado permanece restrita, o que tem levado o produtor a postergar decisões de compra, adquirindo apenas o mínimo necessário e aguardando o momento ideal para confirmar suas reais demandas”, disse em coletiva.
Comercialização na safra
Ao final do trimestre, a carteira de pedidos somava R$ 231 milhões, de acordo com a companhia. Atualmente, 62% dos negócios são realizados via barter, mecanismo usado como garantia. O CEO citou ainda que especialidades representam 13% do mix, segmento que, segundo ele, oferece melhor margem.
Martins afirmou que o mercado de defensivos segue “em aberto”, com produtores trabalhando por repique (compras realizadas apenas no momento de aplicação), diretamente na loja. Para ele, esse movimento contribui para margens um pouco maiores, mas exige maior precisão na alocação dos produtos. Ele acrescentou que decisões tardias têm mantido o mercado atrasado e disse que ainda há negócios de soja em andamento.
Sobre o plantio e a safrinha, Martins disse não ver, “nesse exato momento”, sinais de alerta, embora reconheça uma janela mais tardia. No Cerrado, segundo ele, a chuva ainda não se estabilizou, o que levou parte dos produtores a aguardar a consolidação do regime para concluir o plantio, influenciando as decisões sobre o tamanho e o investimento na safrinha.
O diretor financeiro Luiz Conrado Sundfeld afirmou que, apesar da mudança negativa na margem bruta de insumos em relação ao terceiro trimestre de 2024, o indicador segue comprimido e encerrou o período em 7%. “Só que esse número tem um componente entre escoamento de estoques antigos e uma parcela ICMS bem relevante já de vendas de estoques novos”, disse.
Ele destacou que o escoamento de produtos antigos, hoje entre 12% e 15% do total, ocorre com margens menores, mas contribui para melhorar o ciclo de conversão de caixa. “Quando você está realizando uma venda de um estoque antigo, que esse estoque já está pago, você está melhorando muito o ciclo de conversão de caixa”, afirmou.
A curva de inadimplência dos vencimentos de 2025 encerrou setembro em 5,9%, abaixo dos 19% observados no mesmo período do ano anterior, segundo a empresa.





