Nesta semana, a notícia sobre a possível formação de três ciclones extratropicais no Atlântico Sul deixou parte do país apreensivo. A informação ganhou força após a passagem do sistema no último fim de semana, que deixou um rastro de destruição e nove mortes no Sul do país, duas no Rio Grande do Sul e sete no Paraná.
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No entanto, desta vez, segundo o meteorologista Luiz Nachtigall, da MetSul, deve ser diferente. Ainda que novos ciclones se formem no mar, não há indicativos de que terão efeitos no país nas próximas semanas. Ele explica que o episódio da semana anterior, com ventos intensos, chuvas fortes e tornados, foi um caso isolado, e que as previsões não indicam repetição do fenômeno a curto prazo.
“Os ciclones extratropicais são formações atmosféricas comuns no Atlântico Sul. Praticamente toda semana há um atuando, mas a maioria ocorre longe da costa brasileira, mais próxima da Antártida, afetando principalmente o Chile e a Patagônia argentina”, esclarece Nachtigall.
O especialista ainda explica que os ciclones mais intensos, que costumam causar impactos diretos no Sul do Brasil, se concentram entre o outono e o início da primavera. “Vários ciclones consecutivos atingindo o Brasil em novembro seria algo completamente fora da climatologia para esta época do ano”, ressalta o meteorologista.
Saiba-mais taboola
O que são e como se formam os ciclones extratropicais?
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ciclones são áreas fechadas de baixa pressão atmosférica nas quais os ventos giram no sentido horário no Hemisfério Sul. É justamente este movimento circular que faz com que o ar quente e úmido suba e se concentre no centro do sistema, provocando a formação de nuvens carregadas e, consequentemente, tempestades.
Os ciclones extratropicais são os mais comuns no Brasil. Diferentemente dos ciclones tropicais, que têm núcleo quente, o extratropical possui um núcleo frio e é característico das regiões de clima mais ameno. Eles ocorrem entre as latitudes de 30° e 60° dos dois hemisférios e está sempre associado à passagem de uma frente fria.
O que esperar do clima?
Mesmo sem a previsão de novos ciclones atuando sobre o país, o tempo deve continuar instável nos próximos dias. A presença do fenômeno La Niña tem alterado o regime de chuvas em várias regiões, o que explica o comportamento atípico do clima neste mês de novembro. Esse padrão favorece a formação e o avanço de frentes frias pelo Sul e Sudeste, além de permitir a chegada de massas de ar polar que provocam variações bruscas de temperatura.
Grande parte do país terão chuvas acima da média em novembro
Climatempo
Segundo os dados analisados pela MetSul, novas frias devem atingir o país nos próximos 10 a 15 dias, “Mas os ciclones dos quais as frentes derivam não passarão pelo território brasileiro”. Um novo centro de baixa pressão também deve se formar sobre o Atlântico Sul na segunda-feira (17/11), após avançar pelo Centro da Argentina e o Uruguai. Esse sistema, porém, se afastará rapidamente do continente e não deve trazer riscos diretos ao Brasil.
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“Os ciclones extratropicais são formações atmosféricas comuns no Atlântico Sul. Praticamente toda semana há um atuando, mas a maioria ocorre longe da costa brasileira, mais próxima da Antártida, afetando principalmente o Chile e a Patagônia argentina”, esclarece Nachtigall.
O especialista ainda explica que os ciclones mais intensos, que costumam causar impactos diretos no Sul do Brasil, se concentram entre o outono e o início da primavera. “Vários ciclones consecutivos atingindo o Brasil em novembro seria algo completamente fora da climatologia para esta época do ano”, ressalta o meteorologista.
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Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ciclones são áreas fechadas de baixa pressão atmosférica nas quais os ventos giram no sentido horário no Hemisfério Sul. É justamente este movimento circular que faz com que o ar quente e úmido suba e se concentre no centro do sistema, provocando a formação de nuvens carregadas e, consequentemente, tempestades.
Os ciclones extratropicais são os mais comuns no Brasil. Diferentemente dos ciclones tropicais, que têm núcleo quente, o extratropical possui um núcleo frio e é característico das regiões de clima mais ameno. Eles ocorrem entre as latitudes de 30° e 60° dos dois hemisférios e está sempre associado à passagem de uma frente fria.
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Mesmo sem a previsão de novos ciclones atuando sobre o país, o tempo deve continuar instável nos próximos dias. A presença do fenômeno La Niña tem alterado o regime de chuvas em várias regiões, o que explica o comportamento atípico do clima neste mês de novembro. Esse padrão favorece a formação e o avanço de frentes frias pelo Sul e Sudeste, além de permitir a chegada de massas de ar polar que provocam variações bruscas de temperatura.
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