A Argentina se encaminha para uma safra histórica de trigo em 2025/26, segundo o último relatório da Bolsa de Cereales de Rosario (BCR). A produção foi ajustada para cima em novembro, passando de 23 milhões para 24,5 milhões de toneladas, superando as 22 milhões de toneladas previstas pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires e os 19,5 milhões estimados pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês) em seu relatório de setembro.
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Segundo o relatório, o rendimento médio nacional também atingirá um novo patamar recorde, com 3,77 toneladas por hectare, enquanto a área cultivada é estimada em 6,9 milhões de hectares. Até o momento, cerca de 15% da área total já foi colhida.
Se confirmadas as projeções, a atual safra superará a de 2021/22, até então a maior da história, quando foram colhidas 23 milhões de toneladas. A diferença representa um aumento de 6,5% na produção total e de 2,7 toneladas por hectare no rendimento médio nacional.
As imagens de satélite analisadas pela equipe da bolsa mostram ajustes positivos na superfície cultivada, embora as perdas por excesso de umidade continuem sendo significativas, somando pouco mais de 400 mil hectares.
Os dados parciais da colheita indicam rendimentos recordes nas três principais províncias produtoras de trigo do país. Em Buenos Aires, o rendimento médio é projetado em 4,08 toneladas por hectare, superando o recorde anterior de 3,95 toneladas por hectare registrado em 2021/22. Em Córdoba, o rendimento deve alcançar 3,68 toneladas por hectare, enquanto em Santa Fe a projeção é de 4,22 toneladas por hectare, acima do recorde de 4,06 toneladas por hectare observado em 2010/11.