
A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece), por meio da Procuradoria Especial da Mulher, aderiu à programação internacional dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que será realizada a partir do dia 24 de novembro. A iniciativa, que ocorre em diversos países, reúne ações de conscientização, formação e acolhimento, com o objetivo de promover a igualdade de gênero e fortalecer as redes de proteção às mulheres.
A campanha, organizada anualmente, tem como foco mobilizar a sociedade para o enfrentamento das diferentes formas de violência – física, psicológica, sexual, patrimonial e moral – que ainda atingem mulheres de todas as idades e classes sociais. Neste ano, a programação da Alece inclui atividades que se estendem por várias regiões do estado, envolvendo áreas como educação, saúde, cultura e esporte, numa abordagem integrada de prevenção e enfrentamento.
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De acordo com a deputada estadual Juliana Lucena, uma das idealizadoras da campanha na Casa, a programação será diversificada e voltada tanto à conscientização quanto ao acolhimento. “Serão rodas de conversas, seminários, oficinas, inaugurações de procuradorias nos municípios e ações culturais e de saúde. O objetivo é fortalecer as redes de proteção, informar as mulheres sobre seus direitos e promover espaços de acolhimento e cuidado”, destacou a parlamentar.
Entre os destaques da mobilização está o atendimento ampliado da Procuradoria Especial da Mulher, que oferece suporte jurídico, psicológico e social para mulheres em situação de vulnerabilidade. Segundo Karisia Mara, coordenadora da Procuradoria, o serviço é acessível a todo o público feminino, com atendimentos presenciais e online. “Os atendimentos da Procuradoria acontecem de duas formas: eles podem ser de maneira presencial ou de maneira virtual. E através desses atendimentos a gente oferece um acompanhamento jurídico, de assistência social e psicológico a essas mulheres”, explicou.
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Além das atividades de orientação e acolhimento, a programação deste ano traz temas voltados à educação emocional e ao papel dos homens no enfrentamento da violência de gênero. O objetivo é promover a reflexão sobre comportamentos e padrões culturais que perpetuam o machismo e a desigualdade.
O psicólogo Erlito Rabelo ressaltou a importância da participação masculina nesse debate. “Infelizmente, somos nós homens que estamos nos índices de, na maioria dos casos, cometer violência. Então, tanto para mudar essa cultura, a gente precisa estar incluso nessa discussão, como também para a gente não estar repercutindo comentários e comportamentos que continuam reforçando o machismo que a gente vive no nosso dia a dia”, afirmou.
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A programação também alcança o interior do estado, com inaugurações de novas Procuradorias da Mulher em municípios que já estavam em fase de implantação. A expansão desses espaços faz parte da estratégia de descentralizar o atendimento e fortalecer as redes locais de proteção. “Nos 21 dias também temos a programação acontecendo no interior do estado, como também temos inaugurações de procuradoria que já estavam em fase de implantação, que vão ser efetivadas dentro da programação”, acrescentou Juliana Lucena.
Para Karisia Mara, o engajamento da Alece reforça o papel do Estado na promoção de direitos e na defesa da vida das mulheres. “Não é um problema privado, é um problema público. O nosso papel enquanto Estado é garantir o acolhimento, a proteção e políticas públicas que assegurem que toda mulher tem o direito a viver com respeito e dignidade. Estamos aqui para dizer: nenhuma mulher está sozinha”, declarou.
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