Os produtores brasileiros de café que integram o programa Nescafé Plan, registram ganhos ambientais e econômicos com a adoção de técnicas de agricultura regenerativa. Em média, os produtores registram produtividade na lavoura 8% maior em comparação com o cultivo convencional de café e rentabilidade 10% mais alta. Os dados são da Nestlé Brasil.
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“E também proporciona, fundamentalmente, 30% de redução das emissões líquidas de carbono. O programa tem provado de fato que as práticas de agricultura regenerativa geram benefícios para o produtor e para o ambiente”, afirma Valéria Pardal, diretora-executiva de cafés da Nestlé Brasil.
O programa foi criado há 14 anos, começando com 80 produtores brasileiros. Atualmente, são 3,8 mil cafeicultores parceiros no país. “Todo o nosso café produzido no Brasil é feito com produtores certificados pelo programa”, diz a diretora-executiva.
Neste ano, a multinacional criou a campanha Nescafé Fazedores, para divulgar as histórias desses produtores para os consumidores finais. A campanha inclui uma edição especial de rótulos e ações digitais com fotos e histórias de cafeicultores.
“A gente achou que colocar o produtor na frente dos nossos rótulos era um jeito de falar de qualidade do trabalho com agricultura regenerativa”, afirma Pardal.
A Nestlé não divulga o valor investido no Brasil para fomentar as práticas regenerativas nas lavouras. No mundo, o investimento no programa é estimado em 1 bilhão de francos suíços (US$ 1,24 bilhão) até 2030.
No Brasil, a Nestlé desenvolve programas de fomento à agricultura regenerativa nas cadeias de café, cacau e leite, apoiando 15 mil produtores. Do total de matérias-primas usadas no país, 41% vêm de propriedades que adotam práticas regenerativas.
O esforço na adoção das práticas regenerativas faz parte dos esforços da companhia para reduzir as emissões de carbono. A Nestlé tem como meta global reduzir em 50% as emissões de gases de efeito estufa até 2030 e zerar as emissões líquidas em 2050 (tendo 2019 como ano-base). 
Expansão de fábricas
Fora do campo, a companhia de origem suíça dá seguimento aos seus investimentos para modernizar e ampliar a capacidade das fábricas de Nescafé em Araras (SP) e Montes Claros (MG).
Para o período de 2024 a 2027, a Nestlé prevê investimentos de R$ 2,5 bilhões para expandir a operação de Nescafé no país. O montante faz parte de um aporte total de R$ 7 bilhões anunciado para o país no período.
Em setembro, a Nestlé anunciou um investimento de R$ 450 milhões até 2028 para ampliar em 40% a capacidade de produção da fábrica de Nescafé Dolce Gusto, em Montes Claros (MG). A fábrica é a única das Américas e atende o mercado da América Latina.
Outros R$ 1 bilhão serão investidos até 2028 na fábrica de Araras (SP) na modernização e ampliação da fábrica de café solúvel, com novas linhas de produção. A expectativa é aumentar em 10% a capacidade produtiva, atualmente de 37 mil toneladas de café solúvel por ano. A empresa não divulga quanto cresce o consumo de café solúvel no país neste ano. As vendas de cafés em cápsula crescem a taxas de dois dígitos, segundo a companhia.
Em 2026, diz Pardal, será instalada uma nova linha de extração de café na unidade. A fábrica de Araras atende a demanda brasileira e exporta para 56 países.
Por trás dos investimentos, está o interesse da companhia em ampliar as opções de cafés para consumo dentro e fora do lar. A diretora-executiva observa que os consumidores brasileiros aumentaram neste ano o consumo de café solúvel e café em cápsulas.
“O consumidor tem o hábito de fazer o café coado no Brasil e muitas vezes joga fora uma parte do café. Com os preços mais elevados, ele tem optado também pelo café solúvel e em cápsula, em que você prepara a dose que vai ser consumida na hora”, diz Pardal.
No caso do café torrado e moído, afirma a diretora, os consumidores têm ampliado as compras de embalagens menores.
A executiva diz que há uma tendência de aumento no consumo de novas opções de cafés entre o público mais jovem, como o café gelado pronto para beber e suas variantes com creme ou chocolate (frapês).
A empresa reforçou seu portfólio de cafés gelados para máquinas de café em estabelecimentos comerciais e de cápsulas dessas bebidas para máquinas Dolce Gusto. Outra aposta da companhia é numa linha de cappuccinos prontos para beber com 15 gramas de proteína por porção.