
A soja abriu a quarta-feira (5/11) em alta na bolsa de Chicago, impulsionada pelo anúncio da China de que suspenderá, a partir de 10 de novembro, algumas tarifas de retaliação aplicadas aos Estados Unidos.
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Apesar da suspensão parcial, as tarifas para importações como a soja permanecerão em 13%, nível que ainda coloca o grão americano em desvantagem frente à soja brasileira, que registrou queda de preços após o acordo entre Trump e Xi Jinping, segundo a consultoria Granar. Autoridades chinesas, por sua vez, ainda não confirmaram os volumes de importação divulgados pela Casa Branca.
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Assim, os contratos com entrega para janeiro, os mais negociados atualmente, sobem 0,36%, a US$ 11,2550 por bushel.
Leonardo Martini, consultor em gerenciamento de risco da StoneX, aponta que as recentes negociações entre EUA e China pressionaram os preços para cima, mas alerta que o mercado pode ter superestimado o impacto geopolítico.
“Apesar de alguns acordos acertados entre os países, nada de concreto foi anunciado no que diz respeito à soja americana. Eu não me surpreenderia se a China firmasse um acordo para compra [da soja] e não cumprisse, pois ela já fez isso durante a primeira guerra comercial, em 2018”, afirmou.
Além das negociações internacionais, o mercado acompanha o clima no Brasil, maior exportador mundial de soja. Até o momento, foram plantados 47,1% da área prevista para o ciclo 2025/26, contra 53,3% no mesmo período do ano passado.
Milho
O milho cai 0,17% nos papéis com entrega para dezembro, a US$ 4,3075 por bushel, refletindo condições climáticas favoráveis ao avanço da colheita recorde no Meio-Oeste americano.
Segundo a Granar, a maior disposição dos produtores em vender parte do grão recém-colhido também limita os ganhos do cereal, valorizado recentemente para alimentação animal.
Trigo
O trigo iniciou o dia em baixa, registrando de 0,59%, a US$ 5,4700 por bushel para contratos com entrega em dezembro. O movimento é atribuído à realização de lucros pelos investidores, à ausência de confirmação sobre compras chinesas e à força do dólar frente ao euro, que impacta a competitividade das exportações americanas em meio a uma safra com oferta abundante.






