
Encontrar um ovo com duas gemas já não é algo comum. Então, qual seria a probabilidade de um ovo com gema dupla gerar dois pintinhos ao mesmo tempo? O caso aconteceu com o engenheiro civil da Prefeitura de São Roque (SP), Jefte Segura Pereira, e viralizou nas redes sociais, alcançando mais de 4 milhões de visualizações em um único vídeo.
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À Globo Rural, ele conta que é apaixonado pela avicultura desde criança e iniciou, depois de adulto, a criação de aves por hobby com os ensinamentos que aprendeu com os pais e avós no passado.
Em agosto, Jefte percebeu que uma das galinhas sempre colocava ovos de duas gemas e resolveu testar um deles na chocadeira. Para a sua surpresa – e também do restante da família –, em 17 de setembro de 2025, dois pintinhos nasceram do mesmo ovo após 21 dias de incubação. Um deles tinha penas pretas e o outro, brancas.
Com 40 dias de vida, eles estão bem e do mesmo tamanho que os pintos provenientes de ovos com apenas uma gema e que nasceram na mesma época.
“O macho é um pouco maior que a fêmea, o que é normal. Eu nunca tinha ouvido falar que nasciam dois pintinhos, nem imaginava que isso era possível, nem eu, nem meus pais e também os meus avós tinham comentado sobre isso. Quando eles nasceram, achei um pouco menores que os demais, mas estão crescendo saudáveis”, diz.
Entenda o caso
O nascimento registrado por Jefte Pereira é considerado raro, mas possível na avicultura, explica a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Suínos e Aves). O mais comum é que aconteça por meio de fertilização e não espontaneamente, como em São Roque (SP).
“Dois pintos podem se desenvolver em um único ovo mesmo que não seja um ovo de duas gemas. Nesse caso, seriam gêmeos idênticos (univitelinos). E quando o ovo tem duas gemas, como no caso do vídeo, cada uma pode ter uma célula germinativa fecundada por diferentes espermatozóides, resultando em gêmeos fraternos (bivitelinos)”.
Sejam univitelinos ou bivitelinos, é comum durante o nascimento que os pintinhos necessitem de auxílio para quebrar a casca em razão do espaço reduzido dentro do ovo, dificultando a movimentação.
“O acompanhamento com fonte de luz durante a incubação permite observar o desenvolvimento dos embriões e, no dia da eclosão, intervir, caso seja necessário”, reforça a Embrapa.






