Ceará fatura R$ 17 bilhões com alimentos em 2024 e mira expansão das exportações

O setor de alimentos no Ceará faturou R$ 17 bilhões em 2024, com as exportações respondendo por cerca de 9% desse total, segundo dados apresentados em reportagem do quadro Caminhos do Agro. Odálio Girão, analista de mercado da Ceasa, destacou a diversidade produtiva do estado.

“Nós temos uma produção muito robusta, podemos dizer assim, porque o Ceará tem os vales de produção, o vale do Jaguaribe, o Curu e até o Acaraú, tem áreas de irrigação boas e o produtor pequeno também precisa produzir mais e exportar.” Segundo ele, a Serra de Tianguá, a região da Ibiapaba e o maciço de Baturité também se destacam na produção de frutas e hortaliças voltadas para exportação, embora em pequena escala.

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Isaac Bley, presidente do Sindialimentos, explicou que a inovação e a tecnologia nos perímetros irrigados têm permitido ampliar a produção para atender tanto à demanda interna quanto aos mercados internacionais.

“Com a questão da irrigação, a questão dos vales verdes que nós temos aqui… isso aí tem atraído muitos produtos e produtores voltados para aquela produção local para fazer aquele mix de produtos e exportar”, afirmou. As frutas cearenses, como banana, manga, laranja, abacaxi, mamão, goiaba, maracujá e limão, lideram as exportações, acompanhadas por hortaliças e pescados frescos, enlatados, congelados e industrializados.

Paulo Barbosa, economista, ressaltou o impacto das barreiras tarifárias internacionais, mas manteve otimismo sobre o crescimento do setor: “Apesar do impacto do tarifaço dos Estados Unidos, que atingiu com mais expressividade os pescados cearenses, as exportações de alimentos daqui vêm apresentando números positivos e devem crescer ainda mais. Os Estados Unidos continuam sendo nosso principal parceiro, mas o estado do Ceará hoje exporta para mais de 140 países, o que também permite, no médio e longo prazo, uma possível substituição.”

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Bley acrescentou que o mercado internacional é exigente em termos de normas e qualidade, o que exige maturidade dos produtores: “O mercado internacional é um mercado muito exigente em termos de normas, de qualidade. A empresa precisa ter uma certa maturidade para poder olhar para esse mercado. E aqui na federação você vai encontrar, os associados encontram todas essas possibilidades.”

Segundo ele, a proximidade geográfica com a Europa e os Estados Unidos, além dos portos do Pecém e do Mucuripe, favorece a expansão das exportações e consolida o Ceará como um importante polo do agronegócio nacional.

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