A segunda-feira foi de alta para os preços de grãos na bolsa de Chicago. Sem dados de safra e comercialização dos Estados Unidos, o mercado voltou as atenções sobre os fundamentos no Brasil, enquanto ainda aguarda por uma definição de um eventual acordo entre o presidente americano Donald Trump e o chinês Xi Jinping.
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O contrato de soja para novembro encerrou a sessão cotado a US$ 10,31 por bushel, valorização de 1,2% (ou US$ 0,1225 por bushel). Para janeiro de 2026, o grão fechou valendo US$ 10,50 o bushel, aumento de 1,28% (ou US$ 0,1325).
No Brasil, a consultoria AgRural informou que o plantio da safra nova de soja chegou a 24% da área reservada para a cultura na semana passada. O avanço foi de 10 pontos percentuais em comparação com a semana anterior. Chuvas nos estados do Centro-oeste do Brasil favoreceram o trabalho de campo, que está mais acelerado que o dessa mesma época no ano passado.
Nos Estados Unidos, o governo tenta destravar as vendas de soja para a China. Não há registros de negócios relativos à safra 2025/26, em função da guerra de tarifas entre os dois países. Na safra passada, os americanos exportaram 22 milhões de toneladas para os chineses.
A expectativa do mercado é a de um avanço até o fim deste mês, quando Donald Trump e Xi Jinping têm um encontro previso na Coreia do Sul.
“Além da necessidade do mercado de acreditar que um acordo será finalmente alcançado para restabelecer o comércio de soja entre esses países, a distância entre palavras e ações é cada vez menor. Por outro lado, acreditar que as compras chinesas passarão de zero para 20/22 milhões de toneladas após um encontro, e com inúmeras questões não resolvidas, não passa de um ato de fé”, avalia a consultoria Granar, da Argentina, em relatório.
Milho e trigo acompanharam o movimento
O mercado futuro de milho em Chicago acompanhou a tendência e também subiu. O contrato para dezembro de 2025 ajustou para US$ 4,23 por bushel, alta de 0,18%. Os lotes para entrega em março de 2026 fecharam a US$ 4,37 por bushel, aumento de 0,7%.
Na avaliação da Granar, o suporte às cotações veio de rumores sobre a produtividade da safra dos Estados Unidos. Sem os dados oficiais, especula-se que o rendimento das lavouras esteja abaixo do esperado.
“A tendência de alta foi coroada pelo retorno de condições climáticas predominantemente secas no Centro-Oeste (dos EUA), o que acelerará o ritmo da colheita”, informa a Granar.
O trigo acompanhou o movimento de soja e milho e também fechou a sessão em alta na bolsa de Chicago. O contrato para dezembro de 2025 subiu 0,2% (ou US$ 0,01) e ajustou para US$ 5,04 por bushel. Para março de 2026, o contrato do cereal teve aumento de 0,24% (ou US$ 0,0125), cotado a US$ 5,21 por bushel.