A semana começa com forte alta nos contratos futuros de café arábica, enquanto os analistas tentam saber o tamanho da safra brasileira em 2025/26. Em relatório divulgado na manhã desta segunda-feira (13/10), o analista da Archer Consulting, Marcelo Moreira, afirma que chuvas chegaram nas principais áreas cafeeiras do Brasil, mas em volumes abaixo do esperado.
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“Neste momento, elas são muito bem-vindas e deverão ajudar em muito no pegamento da próxima florada”, escreveu. “O mercado também continua prestando muita atenção ao início das safras nos países da América Central e Colômbia e com a safra do Vietnã”, completou.
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No curto prazo o mercado continuará tendo oferta de café com risco para uma entressafra justa durante os meses março a maio, afirmou o analista.
Agora, perto das 10h40, os papéis mais negociados do grão, de vencimento em dezembro, sobem 2,15%, a US$ 3,8015 a libra-peso.
Na ponta oposta, os contratos mais negociados de açúcar demerara (março) recuam 2,5%, negociados a 15,57 centavos de dólar a libra-peso.
Não há um movimento relacionado aos fundamentos, mas o mercado financeiro segue receoso, principalmente após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter anunciado o acréscimo de taxas de importação contra a China em 100% a partir de novembro.
Também em Nova York, os papéis de cacau para dezembro recuam 0,27%, para US$ 5.832 a tonelada.
Segundo Jack Scoville, do Price Futures Group, as cotações do cacau vêm caindo devido à perspectiva de aumento na oferta nos portos da África Ocidental em breve, já que a Costa do Marfim e Gana recentemente anunciaram aumento nos preços pagos aos produtores locais. Os dois países representam cerca de 70% da produção global da amêndoa.
Ainda de acordo com Scoville, não é apenas na principal região produtora que a disponibilidade deve aumentar. “Ainda há relatos de aumento do potencial de produção em outros países fora da África Ocidental, incluindo Ásia e América Central”, destacou Scoville, em boletim.
No mercado do algodão, os papéis com entrega em dezembro também variam pouco (0,02%), cotados a 63,82 centavos de dólar por libra-peso. E o suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ, na sigla em inglês) para novembro cai 0,15%, a US$ 2,0390 a libra-peso.