Francisca Karollainy Barbosa Cavalcante, mulher que denunciou o ex-jogador David Luiz por ameaças e perseguição, disse que se sente “muito injustiçada” com o desfecho das investigações da polícia sobre o caso. A 2ª Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza concluiu, após quase dois meses de investigação, que não há provas suficientes para indiciar o jogador, sugerindo o arquivamento do caso.
Ela falou com o Domingo Espetacular, da Record, em entrevista que foi ao ar neste domingo (12). Karollainy relatou, também, uma sensação de perseguição, incluindo relatos de abordagens e atitudes intimidatórias. Ela contestou a possibilidade de arquivamento do processo, sem a continuidade das investigações sobre as acusações que fez contra o atleta, ressaltando que tem enfrentado uma série de dificuldades.
O caso ganhou notoriedade após Karollainy divulgar que teve um relacionamento extraconjugal com David Luiz na época em que ele jogava pelo Fortaleza Esporte Clube, e que, depois do término, teria sofrido ameaças e perseguição por parte do atleta, o que ele nega. A polícia do Ceará encerrou recentemente a investigação e encaminhou o inquérito ao Ministério Público, que decidirá sobre o arquivamento.
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A assistente social mantém a firme posição de que está sendo injustiçada e reforça sua intenção de seguir buscando seus direitos enquanto a questão segue em análise judicial.
Fim de investigação
A 2ª Delegacia de Defesa da Mulher de Fortaleza concluiu, após quase dois meses de investigação, que não há provas suficientes para indiciar o jogador David Luiz por suposta ameaça feita à assistente social Francisca Karollainy Barbosa Cavalcante. A mulher havia acusado o ex-zagueiro do Fortaleza e da Seleção Brasileira de ameaças de morte após um suposto caso extraconjugal, o que gerou até medida protetiva contra ele.
No relatório final da investigação, a delegada Rachel de Queiroz Moreira afirmou que não foi comprovado nenhum dos fatos relatados pela denunciante, incluindo a alegação de contato pessoal com David Luiz.
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A perícia técnica, realizada pelo Departamento de Inteligência Policial, analisou minuciosamente o celular entregue pela suposta vítima e não encontrou mensagens ou qualquer indicativo de comportamento ameaçador por parte do atleta. Além disso, testemunhas ouvidas durante o inquérito confirmaram que David Luiz não esteve nos locais mencionados nas acusações.
O documento oficial destaca a ausência de materialidade mínima dos crimes investigados, recomendando o arquivamento do inquérito policial. David Luiz, que atualmente joga pelo Pafos FC, do Chipre, manteve-se firme na negação das acusações e reafirmou seu compromisso com a justiça e o esclarecimento completo dos fatos.
O caso repercutiu amplamente desde o registro do boletim de ocorrência, em agosto de 2025.
Caso denunciado
A assistente social Francisca Karollainy Barbosa, mulher envolvida em uma briga judicial com o jogador David Luiz, diz que chegou a ser ameaçada de morte por um segurança do atleta. A ameaça teria ocorrido durante situação de cárcere privado, em um quarto de hotel na Avenida Beira Mar.
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Segundo ela, os dois teriam mantido um relacionamento extraconjugal enquanto ele atuava pelo Fortaleza Esporte Clube. O atleta, que hoje atua no clube Pafos, do Chipre, nega tanto as ameaças quanto o suposto relacionamento.
O advogado que representa Karollainy, Fabiano Távora, afirma que a mulher foi aprisionada pelos seguranças do jogador em um quarto de hotel na Avenida Beira Mar, no dia 20 de julho deste ano, ocasião em que ela e familiares teriam sido ameaçados.
A defesa da assistente social ainda atribui ao jogador a seguinte fala, que teria sido feita para a mulher: “você sabe que tenho dinheiro e poder, então não banque a esperta. Seria triste seu filho ter que pagar as consequências dos seus atos. Eu posso simplesmente fazer você sumir. Eu tenho uma pessoa que sabe onde você está nesse momento. E nunca chegara nada em mim, então apague.”
À época, procurada pelo GCMAIS, a defesa de David Luiz pontua que o jogador “sempre negou ter se encontrado, mantido relações íntimas, oferecido dinheiro e ameaçado essa moça”, confirmando ainda que iniciou processo criminal contra ela por difamação e calúnia.
“Nesse processo, que tramita em segredo de justiça – por isso não podemos dar mais detalhes –, o juiz reconheceu a possibilidade de as mensagens apresentadas pela acusada, mais precisamente aquelas nas quais as ameaças são feitas, serem falsas. Por isso, determinou a apreensão e perícia dos celulares dela, que poderão fornecer mais provas das acusações de calúnia e difamação”, diz ainda.
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