
O Ministério da Agricultura prorrogou, nessa segunda-feira (6/10), o estado de emergência zoossanitária em todo o país em função da gripe aviária por mais 180 dias. O status está válido desde outubro de 2023, quando os primeiros casos de infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres foram registrados no Brasil.
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Desde lá, são 185 casos de gripe aviária no país, sendo apenas um em ave de criação comercial, ocorrido em maio de 2025 em uma granja de Montenegro (RS). De acordo com o painel de acompanhamento do Ministério da Agricultura, foram 172 focos em aves silvestres e 12 em aves de criação de subsistência.
Atualmente, apenas um caso de síndrome respiratória e nervosa das aves está em investigação. É um caso de ave silvestre no Espírito Santo.
O status de emergência zoossanitária permite acelerar a liberação de recursos para ações contra a disseminação da doença.
Com a detecção de um caso em granja comercial, diversos mercados fecharam as portas para exportações de carnes de aves do Brasil. Gradualmente, os países retomaram as compras após o encerramento do foco e a declaração, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), de país livre da doença. Mesmo assim, o principal comprador, a China, mantém o embargo.
Em setembro, uma missão técnica de chineses visitou granjas, frigoríficos, laboratórios e outras instalações no Brasil para auditar o sistema de inspeção federal. A China deve emitir um relatório sobre a visita. A expectativa no setor produtivo, principalmente do Rio Grande do Sul, é de reabertura do mercado ainda em 2025. Os gaúchos estão com as vendas suspensas desde julho de 2024, quando um caso da Doença de Newcastle (DNC) foi identificado em Anta Gorda (RS).