A deputada Luizianne Lins (PT/CE) e a delegação brasileira permanecem detidos ilegalmente em Israel. É a informação que foi publicada nas redes sociais da deputada, na tarde deste sábado (4).
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A deputada federal Luizianne Lins (PT/CE) e outros 12 brasileiros detidos por Israel receberam assistência consular da Embaixada do Brasil em Tel Aviv, na sexta (3). A visita dos diplomatas ocorreu após mais de oito horas de intensos trâmites relacionados à detenção dos cidadãos brasileiros, integrantes de uma missão humanitária internacional com destino à Faixa de Gaza.
Delegação brasileira permanece detidos em Israel após a interceptação, por forças israelenses, da flotilha humanitária que transportava alimentos e medicamentos destinados ao povo palestino. O grupo está detido na prisão de Ketziot, localizada no deserto de Negev.
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Segundo informações repassadas pela advogada que acompanha a delegação, Luizianne Lins optou por não assinar o documento de deportação acelerada apresentado pelas autoridades israelenses. A parlamentar considerou o documento abusivo e, em solidariedade aos demais membros da delegação brasileira que também se recusaram a assinar, manteve sua decisão baseada em sua trajetória de defesa dos direitos humanos.
Representantes legais do grupo relataram preocupações com as condições enfrentadas pelos detidos. “Há indícios de que parte da delegação brasileira estaria privada de água, alimentos e medicamentos, situação que violaria normas internacionais de direitos humanos e o direito humanitário” cita o comunicado no perfil da deputada.
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Audiências
As audiências perante o tribunal que analisa as ordens de detenção começaram neste sábado (4). A assessoria da deputada Luizianne Lins acompanha o caso de perto, aguardando os resultados das sessões, e informou que novas atualizações serão divulgadas assim que disponíveis.
Flotilha
A delegação brasileira participava de uma missão humanitária internacional que navegava em águas internacionais com destino à Palestina, transportando suprimentos médicos e alimentos. O grupo foi interceptado antes de chegar ao destino, sendo levado à prisão de Ketziot pelas forças israelenses.
Comunicado na íntegra
4 de outubro, 16h – A delegação brasileira, incluindo a deputada federal Luizianne Lins (PT/CE), permanece detida ilegalmente na prisão de Ketziot, no deserto de Negev, após a interceptação por forças israelenses da flotilha humanitária que levava alimentos e medicamentos para o povo palestino, em águas internacionais.
A deputada Luizianne Lins (PT/CE), conforme relatado pela advogada que acompanha a delegação brasileira, decidiu não assinar o documento de deportação acelerada oferecido pelas autoridades israelenses. A parlamentar considerou o documento abusivo e que, por sua trajetória na defesa dos direitos humanos, entendeu que sua responsabilidade ia além de sua própria situação – estando em solidariedade e unidade com os demais membros da delegação brasileira que não assinaram o documento.
No momento, causam preocupação os relatos recebidos por representantes legais de que parte do grupo estaria sendo privado de água, alimentos e medicamentos, em violação a normas internacionais de direitos humanos e ao direito humanitário que protege missões civis e de ajuda humanitária.
As audiências judiciais perante o tribunal que analisa as ordens de detenção ocorrem neste sábado (04/10). A assessoria da deputada Luizianne Lins acompanha o caso e aguarda o resultado das sessões.
Exigimos que o governo de Israel liberte imediatamente as brasileiras e os brasileiros detidos ilegalmente.
Novas informações serão divulgadas assim que disponíveis.