O barco Grande Blu, que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza e transportava a deputada federal cearense Luizianne Lins (PT), foi interceptado por forças navais de Israel na noite desta quarta-feira, 1º de outubro. A embarcação fazia parte da Flotilha Global Sumud, uma missão internacional composta por ativistas de diversos países que tentam romper o bloqueio imposto ao território palestino para entregar suprimentos médicos e alimentos. A própria parlamentar confirmou o ocorrido por meio de suas redes sociais.
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Após a interceptação, os tripulantes ficaram incomunicáveis, e até o momento não há informações confirmadas sobre o estado de Luizianne Lins ou dos demais integrantes da missão. A ONG Adalah, que oferece apoio jurídico aos ativistas e está baseada na Palestina, informou que mantém uma equipe de prontidão para atuar em defesa dos detidos. Em nota, os organizadores da flotilha classificaram a ação israelense como um “ataque ilegal contra ativistas humanitários desarmados em águas internacionais” e pediram a intervenção urgente de governos, instituições internacionais e líderes mundiais para garantir a segurança e libertação de todos os envolvidos.
A missão da Flotilha Global Sumud buscava denunciar o bloqueio imposto a Gaza e levar ajuda humanitária em meio à grave crise humanitária provocada pelos conflitos na região. Luizianne Lins, que já havia relatado tensão e episódios de risco durante a travessia, vinha usando suas redes para atualizar a situação da viagem e reforçar o compromisso com os direitos humanos do povo palestino. O caso levanta preocupações diplomáticas e reacende o debate sobre a atuação de Israel em águas internacionais e os limites das ações humanitárias em zonas de conflito.
Os brasileiros nos barcos até agora interceptados são:
Barco Grande Blu – Luizianne Lins, deputada federal pelo PT
Barco Alma – Thiago Ávila (membro do Comitê Diretor da Global Sumud Flotilla)
Barco Sirius – Mariana Conti, vereadora de Campinas pelo PSOL; Nicolas Calabrese, professor e coordenador da Rede Emancipa no Rio de Janeiro; Bruno Gilga, trabalhador da USP e ativista da CSP-Conlutas; Lisiane Proença, comunicadora popular; Magno Costa, diretor do SINTUSP
Barco Adara – Ariadne Telles, advogada popular e militante da luta pela terra na Amazônia; e Mansur Peixoto, criador do projeto História Islâmica
Barco Spectre – Gabi Tolotti, presidente do PSOL-RS e Mohamad El Kadri, presidente do Fórum Latino Palestino e coordenador da Frente Palestina de São Paulo
Barco Yulara – Lucas Gusmão, ativista internacionalista
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