
Os tomates para uso industrial são um conjunto de variedades cultivadas para o processamento em larga escala, voltados à fabricação de produtos como molhos, extratos e ketchup.
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Segundo Lucas Paschoal, diretor de agricultura da Kraft Heinz Brasil, as características buscadas no tomate industrial como firmeza, coloração mais intensa, menor acidez, alta viscosidade e maior teor de sólidos solúveis, não são necessariamente as mesmas valorizadas no tomate de mesa, tradicionalmente consumidos in natura.
No mercado, existem diversas variedades destinadas exclusivamente à indústria. No caso da Kraft Heinz, a empresa utiliza sementes próprias, desenvolvidas há mais de 90 anos. “Temos nossa própria genética que foi desenvolvida na Califórnia em 1934. Então, 100% das sementes de Heinz são desenvolvidas na Califórnia e são depois exportados para todos os lugares do mundo, inclusive para o Brasil”, afirma Paschoal.
O cultivo do tomate industrial é altamente mecanizado. O plantio, a irrigação, a aplicação de fertilizantes e defensivos, além da colheita, são realizados por máquinas. As plantas crescem rasteiras, em contato direto com o solo, dispensando o uso de tutores ou amarrações, comuns em outras culturas de tomate.
Segundo Paschoal, o plantio mecanizado permite que as raízes alcancem entre 40 e 60 centímetros de profundidade, e com isso um maior acesso a nutrientes. Já as colhedoras separam os frutos das plantas, e sensores eliminam os frutos fora do padrão de cor, devolvendo-os ao campo, contribuindo com matéria orgânica que pode reduzir a necessidade de fertilizantes no ciclo seguinte.






