PEC da Blindagem e anistia: Bella Campos, Débora Bloch e outros artistas convocam para protestos no domingo

As atrizes Bella Campos e Débora Bloch se uniram a dezenas de nomes da cultura brasileira em uma forte mobilização contra a Proposta de Emenda à Constituição conhecida como PEC da Blindagem — apelidada por críticos de PEC da Bandidagem — e o polêmico PL da Anistia, agora rebatizado de PL da Dosimetria. As propostas em tramitação na Câmara dos Deputados têm gerado revolta por abrirem caminho para beneficiar políticos e manifestantes envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília. Bella Campos, natural de Cuiabá, usou suas redes sociais para alertar a população e pedir pressão contra os projetos, destacando o risco de impunidade institucionalizada.

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Débora Bloch, por sua vez, foi categórica ao convocar os brasileiros para as manifestações previstas para este domingo (21). Em vídeo publicado nas redes, a atriz de 62 anos afirmou que a população precisa reagir diante do que classificou como um ataque direto à democracia. “Essa proposta precisa de uma resposta da sociedade”, declarou. A mobilização, que nasceu nas redes sociais, agora se expande para as ruas, com atos sendo organizados em diversas capitais do país.

O movimento é encabeçado pelo coletivo 342 Artes, liderado por Paula Lavigne, e já reúne nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Anitta, Cláudia Abreu, Leona Cavalli, Mateus Solano, Marcos Palmeira, Ingrid Guimarães, entre outros. Para os artistas, tanto a PEC quanto o PL representam tentativas de apagar crimes já cometidos, blindar políticos de investigações e enfraquecer os mecanismos de responsabilização. “Não podemos aceitar que o Congresso legitime a impunidade e reescreva a história com as mãos sujas de quem atacou a democracia”, afirmou Lavigne.

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Em declaração contundente, Caetano Veloso reforçou a importância de retomar as ruas como espaço legítimo de pressão social. “A gente tem que ir pra frente do Congresso, como já fizemos outras vezes”, disse o cantor, relembrando mobilizações anteriores como o “Ocupa Brasília” e os protestos contra a censura. A indignação da classe artística é reforçada pela memória histórica de participação em momentos-chave do país, como na campanha das Diretas Já e na resistência à ditadura militar.

A mobilização liderada por figuras públicas busca fortalecer o engajamento popular diante de projetos que, segundo os manifestantes, ameaçam a justiça, a memória e o futuro democrático do Brasil. Com o lema “A arte marcha junto com o povo”, os organizadores destacam que não se trata apenas de um ato político, mas de uma defesa dos valores republicanos. Neste domingo, artistas, ativistas e cidadãos prometem ocupar as ruas em nome da democracia e contra o avanço da impunidade institucional no país.

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