Na manhã desta sexta-feira (19), o auditório da Faculdade Católica de Fortaleza foi palco de um encontro sobre a importância da doação de órgãos. Promovido pela Arquidiocese de Fortaleza, o evento reuniu seminaristas, religiosos, profissionais da saúde e personalidades locais, marcando a proximidade do Dia Nacional do Doador de Órgãos, celebrado em 27 de setembro. A ação integra o “Setembro Verde”, mês de conscientização sobre o tema, e contou com apoio do Grupo Cidade de Comunicação, por meio da Campanha Maria Sofia.
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Durante o encontro, o arcebispo de Fortaleza, Dom Gregório Paixão, destacou o papel da Igreja em estimular a solidariedade e o amor ao próximo, mesmo após a morte. “Acredito que a doação de órgãos faz com que a gente tenha essa certeza de que, até após a nossa passagem para a eternidade, nós podemos fazer o bem. Nenhum de nós pode enterrar um tesouro que traz no coração”, afirmou o arcebispo, emocionando os presentes.
Um dos momentos mais marcantes foi o depoimento da empresária e diretora do Grupo Cidade, Gaída Dias, mãe de Maria Sofia, jovem de 19 anos que faleceu após um transplante de fígado. Em um relato sincero, Gaída compartilhou a dor da perda e a força de transformar sofrimento em esperança. “Depois do ocorrido com a Sofia, nós fomos presenteados com o transplante, nós recebemos o órgão. E após o falecimento da Sofia, não seria mais justo do que doar os órgãos dela. […] Para que as pessoas entendam que o nosso ente, quando falece, por que nós vamos enterrar o corpo com órgãos funcionando?”, disse.
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A diretora do Centro de Ciências da Saúde, Lia Brasil, reforçou a relevância da aproximação entre fé e saúde. “É uma campanha em que, muitas vezes, nós vemos essa discussão só nos órgãos públicos. E é muito importante trazer também essa discussão para a Igreja para, assim, também nós podermos conscientizar os nossos fiéis”, pontuou. Segundo ela, o diálogo entre ciência, espiritualidade e cidadania fortalece o compromisso coletivo com a vida.
Os seminaristas que participaram do encontro também destacaram o impacto da experiência. Lucas Camelo afirmou: “A mensagem que eu levo daqui é de gratidão por este evento”. Já Raí Rannier ressaltou o poder do testemunho: “Essa experiência de fé, de testemunho da Gaída Dias também foi muito tocante. Você vê como o Senhor se utiliza de um momento de dor para também gerar alegria e esperança para tantas famílias. Excelente iniciativa.”
Mais do que um debate, o evento foi um verdadeiro chamado à empatia. “Essa proximidade com a Igreja, a Igreja nos apoiando na campanha, eu tenho certeza que nós vamos conseguir muitos doadores e levar uma esperança de vida para todos os que estão precisando”, concluiu Gaída.
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