
As exportações brasileiras de carne bovina devem registrar queda mensal de 22,3% em setembro, de 9 mil para 7 mil toneladas, segundo projeção da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). O dado foi adiantado pelo presidente da instituição, Roberto Perosa, durante evento da Datagro em São Paulo.
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“A gente continua exportando para os Estados Unidos, mas não o volume que a gente vinha exportando. São alguns cortes de maior valor agregado, saindo um pouco daquele trivial que eram os cortes de dianteiro”, detalhou o executivo ao comentar os efeitos da tarifa adicional de 50% dos EUA sobre as exportações brasileiras.
Antes da retaliação americana, o Brasil vinha exportando cerca de 30 mil toneladas mensais aos EUA, segundo lembrou Perosa. A maior parte deste volume eram cortes do dianteiro, usados como ingredientes para produtos industrializados.
Embora essa carne possua ampla liquidez no mercado internacional, com possibilidade de ser redirecionada a outros destinos, o presidente da Abiec ressalta que isso não ocorrerá nas mesmas condições de preço que o mercado americano vinha oferecendo.
“A gente tem a destinação, mas não uma destinação com tanto volume e agregação de valor que tem nos Estados Unidos. Por isso que a gente repete, reafirma, e vou falar um milhão de vezes: nós precisamos retomar o fluxo comercial com os Estados Unidos”, completou Perosa.






